A organização com sede em Londres indica em comunicado que se registaram “25 mil vítimas civis” desde a última invasão da Rússia, em fevereiro do ano passado, entre os quais 1.624 são menores de idade.
De acordo com a contagem da Save the Children, 532 crianças morreram e 1.092 ficaram feridas na sequência da agressão militar russa.
A organização não-governamental (ONG) frisa que os números indicam uma média de “três vítimas (mortos ou feridos) infantis por dia” na Ucrânia.
Segundo a ONG, mais de 90% dos casos são vítimas de armas explosivas com um grande raio de ação e que são “especialmente mortais” para as crianças.
“Os edifícios civis, incluindo escolas, hospitais e outras infraestruturas civis, não deviam ser alvo de ataques, de acordo com as leis da guerra. Mais de 1.600 crianças morreram ou ficaram feridas em 500 dias de guerra”, disse Sonia Khush, diretora da Save the Children.
A responsável indicou que março de 2022 foi o mês mais mortífero da invasão russa no que diz respeito a crianças: mais de 240 crianças mortas e 260 feridas.
O número de vítimas menores de idade diminuiu mas as crianças continuam a morrer ou ficam mutiladas.
O mês de junho foi o mais mortífero para as crianças ucranianas, com 54 vítimas infantis em 2023.
A organização destaca ainda o ataque da semana passada contra Kramatorsk em que morreram 11 civis, incluindo duas irmãs gémeas de 14 anos e uma outra adolescente, segundo os dados da mesma ONG.
Por outro lado, a ONG indica que paralelamente à ameaça de morte constante ou receio de ferimentos físicos, as crianças da Ucrânia enfrentam angústias psicológicas “significativas” provocadas pelos alertas de ataques aéreos, ataques com mísseis e bombardeamentos contra o país.
“Nenhuma criança da Ucrânia está a salvo. Com a ameaça de ataques com mísseis sempre presente, existe um estado de angústia constante. Esta é a nova norma para as crianças. O risco para a saúde mental das crianças e traumas a longo prazo não podem ser subestimados”, frisou Khush.
A Save the Children apelou a todas as partes para que cumpram as “obrigações que constam do Direito Internacional e dos Direitos Humanos para que sejam preservados os civis e os bens de caráter civil, especialmente os que são utilizados pelas crianças, como residências, escolas e hospitais”.
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