A coordenação está a ser feita através do grupo de trabalho da Comissão Europeia, batizado “Congelar e Apreender”, que intensificou agora o seu trabalho internacional, salientou, em comunicado, a Comissão Europeia.
Este grupo vai trabalhar com outro recém-criado para atuar sobre “elites e oligarcas russos”, em que a UE atua em conjunto com os países do G7 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como a Austrália.
Para a Comissão, a cooperação entre os dois grupos é “essencial para garantir a eficácia das sanções adotadas em ambos os lados do Atlântico”.
O comissário europeu para a Justiça, Didier Reynders, salientou, citado no comunicado, que esta coordenação tornará mais concreta a acusação dos oligarcas russos e bielorrussos incluídos na lista negra de sanções da UE.
Didier Reynders frisou que é "vital" conseguir o rápido congelamento e arresto dos bens das pessoas e entidades sujeitas às sanções.
"A nossa ação conjunta pode fazer a diferença globalmente. É uma verdadeira demonstração de solidariedade e unidade diante da guerra", concluiu.
O grupo de trabalho “Congelar e Apreender” é composto pela Comissão Europeia, peritos de cada um dos 27 Estados-membros, Eurojust e Europol, bem como outras agências e organismos da UE, que podem ser chamados sempre que necessário.
Neste momento, 877 pessoas e 62 entidades estão sujeitas ao congelamento de bens que possam ter na UE, sob sanções da UE no contexto da agressão russa contra a Ucrânia.
Os Estados Unidos também criaram uma ‘task force’ que pretende trabalhar com países aliados para “apreender e congelar” os iates, propriedades ou outros bens das elites da Rússia, em resposta à invasão russa da Ucrânia.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borell, condenou esta quinta-feira os contínuos ataques das Forças Armadas russas e dos “seus representantes” contra a população e infraestrutura civil na Ucrânia, bem como o cerco à cidade de Mariupol.
Josep Borell referiu, em comunicado, que um teatro daquela cidade no sul da Ucrânia foi fortemente bombardeado na quarta-feira, apesar de ser conhecido e indicado que servia de refúgio para civis, incluindo crianças.
O diplomata citou ainda um comunicado da organização Humans Rights Watch, que relatou três ataques separados com bombas de fragmentação, na cidade de Mikolaiv.
"Tais ataques deliberados contra civis e infra-estrutura civil são vergonhosos, repreensíveis e totalmente inaceitáveis. Estes constituem graves violações do direito internacional humanitário", atirou Borrell.
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