Numa nota divulgada na sua conta na rede social Tweet, Mogherini adiantou estar “extremamente inquieta com a detenção” de Selahattin Demirtas e Figen Yüksekdag, copresidentes do Partido Democrático dos Povos (HDP, esquerda e pró-curdo), terceira força política no parlamento.
A alta representante para a Política Externa e de Defesa da UE salientou ainda estar já “em contacto com as autoridades” turcas e ter convocado uma reunião dos embaixadores da UE em Ancara.
A polícia turca deteve na quinta-feira Selahattin Demirtas e Figen Yüksekdag, copresidentes do Partido Democrático dos Povos (HDP, esquerda e pró-curdo), terceira força política no parlamento, informaram os ‘media’ locais.
Numa operação simultânea desencadeada em várias províncias, a maioria situadas no sudeste do país, a polícia turca deteve ainda outros deputados — incluindo o ator e guionista Sirri Süreyya Önder, uma figura emblemática da esquerda turca e da causa curda.
No total, 11 deputados do principal partido pró-curdo foram detidos, segundo declarações do Ministério do Interior, citadas pela NTV.
Yüksekdag foi detida na sua residência, em Ancara, enquanto Selahattin Demirtas em Diyarbakir, a “capital” das regiões curdas, indicou a cadeia televisiva.
As detenções ocorreram no âmbito de uma investigação sobre terrorismo relacionado com o ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) — que o poder turco acusa de ter no HDP o seu “braço político” — relativamente à qual ambos os dirigentes foram intimados judicialmente, de acordo com agência noticiosa pró-governamental Anadolu.
Demirtas e Yüksekdag têm sido alvo de diferentes investigações nos últimos meses mas esta foi a primeira vez que foram detidos.
O parlamento turco aprovou em maio uma controversa reforma constitucional que implica o levantamento da imunidade aos deputados com processos judiciais.
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