Em março, a UE aprovou um plano de dois mil milhões de euros para enviar um milhão de projéteis de 155 mm para a Ucrânia das reservas dos Estados-membros e financiar compras conjuntas de munições para Kiev.

As forças ucranianas têm sublinhado a falta de munições numa fase em que procuram recuperar territórios ocupados por Moscovo, no âmbito de uma contraofensiva lançada no início de junho.

Na primeira fase do plano, foram aplicados 1.000 milhões de euros para reembolsar os Estados-membros da UE em cerca de metade do custo dos projéteis retirados dos seus arsenais.

“Os Estados-membros entregaram cerca de 223.800 munições de artilharia (artilharia autopropulsada de longo alcance, munições guiadas com precisão e morteiros) e 2.300 mísseis de todos os tipos”, sublinhou o porta-voz da UE, Peter Stano.

O valor total das munições fornecidas ascende a 1,1 mil milhões de euros, segundo a UE.

No final de maio, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, tinha divulgado que 200.000 projéteis já tinham sido entregues a Kiev até aquela data.

No entanto, a meta de entregar um milhão de projéteis até à próxima primavera parece estar longe de ser atingido.

Em fevereiro, várias capitais europeias estavam céticas quanto à capacidade de fornecer um milhão de munições.

De acordo com a segunda parte do plano, a agência de defesa da UE está a negociar contratos de compra conjunta com fabricantes europeus de munições de 155 mm.

A UE “espera que contratos-quadro com a indústria sejam assinados nas próximas semanas, o que permitirá aos Estados-membros fazer pedidos a partir de então”.

Qualquer contrato deve ser concluído antes do final de setembro para se enquadrar no plano de abastecimento da UE.

No total, a UE e os seus Estados-membros afirmam ter gastado cerca de 20.000 milhões de euros fornecendo armas à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022.

Os Estados Unidos disponibilizaram mais de 43.700 milhões de dólares à Ucrânia em assistência de segurança, de acordo com o Pentágono.

Na quinta-feira, a Casa Branca pediu ao Congresso 13.000 milhões de dólares adicionais para novos gastos militares na Ucrânia.