Em comunicado, a UEFA explicou que nomeou um inspetor para apurar os fatos ocorridos no encontro da terceira e última jornada do Grupo F, que decorreu na Allianz Arena e que terminou empatado a dois golos.
É a terceira vez durante o torneio que o organismo que rege o futebol europeu abre um processo para averiguar a existência de incidentes discriminatórios, todos em jogos com a seleção da Hungria, primeiro frente a Portugal e depois com a França, ambos em Budapeste.
O Alemanha-Hungria já tinha ficado marcado pela recusa da UEFA em iluminar a Allianz Arena com as cores do arco-íris, por considerar que seria um “ato populista”.
“Não queremos ser usados em atos populistas. Devido à popularidade do futebol, as pessoas tentam abusar das associações desportivas para os seus próprios fins”, afirmou na altura o presidente Aleksander Ceferin, em declarações à publicação alemã Die Welt.
A iniciativa rejeitada pela UEFA foi proposta pelo município de Munique e visava manifestar apoio à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero) na Hungria, Estado-membro da União Europeia que aprovou recentemente uma lei que proíbe a divulgação de conteúdos sobre orientação sexual a menores de 18 anos.
Após a recusa, baseada nos seus estatutos de “organização política e religiosamente neutra”, a UEFA foi criticada por várias organizações ligadas à comunidade LGBT e por vários responsáveis europeus.
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