Assente numa abordagem multidimensional, o projeto pretende contribuir para a redução da pegada ecológica dos hospitais e também para o aumento da sustentabilidade dos sistemas de saúde ibéricos, refere uma nota de imprensa.

Com o objetivo de “aumentar os níveis de eficiência energética e reduzir os consumos de energia primária”, a ULS de Coimbra submeteu a candidatura “Green Hospitals”, em 2023, ao Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg Espanha-Portugal (POCTEP 2021-2027), que foi aprovada no valor de cerca de 2,5 milhões de euros, com cofinanciamento de 75% por fundos comunitários.

A candidatura envolve um consórcio com parceiros portugueses e espanhóis, que inclui as ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro e do Algarve, as associações das agências de Energia e Ambiente – Rede Nacional e Portuguesa de Administradores Hospitalares, o Servicio Gallego de Salud e a Agência de Energia do Governo Regional da Comunidade Autónoma de Castilla y León.

O presidente do Conselho de Administração da ULS de Coimbra, Alexandre Lourenço, adiantou, citado numa nota de imprensa, que “este projeto é o início de uma transformação que se tornará primordial para a redução significativa das emissões do setor da saúde”.

“Com esta iniciativa pretendemos, acima de tudo, consciencializar as entidades envolvidas, e as interessadas no tema, de que as atividades praticadas pelas instituições de saúde, em especial pelos hospitais, implicam um consumo intensivo de energia”, acrescentou.

Segundo o dirigente hospitalar, atualmente, é preciso “pensar na prestação de cuidados e englobar a diminuição do uso de energia e consequente emissão de gases de efeito estufa do setor da saúde”.

A ULS de Coimbra informa que Portugal e Espanha foram considerados países, cujos setores da saúde emitem gases de efeito estufa acima da média europeia.

Numa primeira fase do projeto, cada uma das entidades envolvidas fará o seu diagnóstico individual de forma a permitir um apuramento das condições atuais de todos os envolvidos, explica.

Posteriormente, está prevista a “implementação em hospitais ibéricos de medidas e tecnologias inovadoras que permitam alcançar níveis elevados de eficiência energética (EE) e contribuir assim para a diminuição do uso de energia e consequente emissão de GEE do setor da saúde ibérico”.

“Com este projeto pretendemos contribuir para o aumento dos níveis da eficiência energética em diversos domínios, incluindo as infraestruturas públicas e os hospitais. A sua pertinência está, assim, em linha com uma das áreas de atuação prioritária do POCTEP, com foco na implementação de ações e projetos destinados a reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, indicou o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, citado no comunicado.