No total, mais de 600 pessoas participam nas cerimónias privadas, que começaram de manhã, organizadas perto do local da tragédia pela companhia aérea alemã Lufthansa, proprietária da Germanwings. As primeiras famílias das vítimas chegaram ao local pouco antes. Pais, avós e filhos, muitos com ramos de flores, fizeram uma caminhada em silêncio em direção às tendas brancas instaladas para acomodar as famílias.

Os diretores da Lufthansa e da Germanwings também estavam presentes. "Estamos aqui hoje para mostrar o nosso respeito às vítimas, mostrar que apoiamos as famílias, mesmo um ano depois", declarou à imprensa Carsten Spohr, presidente da Lufthansa.

Depois da leitura do nome de cada vítima, foi feito um minuto de silêncio na hora exata da queda do avião. Ao mesmo tempo, os moradores de Haltern am See (oeste da Alemanha) fizeram um minuto de silêncio em memória dos dezesseis estudantes e dois professores de uma escola secundária da cidade que morreram na tragédia.

O grupo tinha viajado para Espanha devido a um intercâmbio escolar. A cerimónia em França continuou com o discurso dos parentes. As famílias das vítimas também depositaram rosas no monumento contruído em Vernet, a cidade mais próxima do acidente. Os familiares visitaram ainda o cemitério onde foram enterrados os restos mortais que não foram identificados, e um grupo de 80 pessoas escalou até ao local da catástrofe, a 1.500 metros de altitude.

Os corpos identificados foram entregues às famílias das vítimas, de 19 nacionalidades. A Alemanha e a Espanha foram os países mais afetados, com respectivamente 72 e 50 vítimas.

Desde quarta-feira, várias cerimónias foram acompanhadas por parentes das vítimas em Barcelona, Dusseldorf e Marselha. O avião da companhia low-cost Germanwings, propriedade da Lufthansa, foi derrubado intencionalmente pelo co-piloto, Andreas Lubitz, nos Alpes franceses, perto da localidade de Vernet, acabando com a vida das 150 pessoas a bordo - 144 passageiros e seis tripulantes. Lubitz aproveitou a ausência temporária do piloto da cabine para trancar-se e iniciar uma descida fatal da aeronave.

Posteriormente, os investigadores franceses descobriram que o co-piloto sofria de problemas psicológicos desde 2008, quando começou a sua formação, mas continou a pilotar.

No relatório final publicado há dez dias, a investigação pediu o aumento dos controlos médicos dos pilotos. Até ao momento, não há nenhum processo aberto contra a companhia, que em julho ofereceu 25.000 euros de indemnização por cada vítima, um complemento dos 50.000 euros entregues inicialmente.

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