Portugal ultrapassou hoje as 12 mil mortes por causa da pandemia de covid-19. Feitas as contas, o país quase duplicou o número de óbitos por em 30 dias, passando de 6.906 mortes, registadas no boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), de 31 de dezembro, para o total de 12.179, assinaladas hoje.
Parece que já foi há uma eternidade: no dia 31 de dezembro, a DGS referia um aumento de 66 óbitos face ao dia anterior. Desde essa data, o número de mortes por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas foi subindo quase sempre, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 100 óbitos, no dia 8 de janeiro, quando se registaram 118 mortes.
Daí, apesar de algumas oscilações ao longo do mês, foi sempre a subir e o número de pessoas a morrer por covid-19 em Portugal não voltou a sair dos três dígitos.
Sempre a crescer, já no dia 21, o país ultrapassou, pela primeira vez, as duas centenas de óbitos, com o boletim da DGS a assinalar 221 mortes, num dia com 13.987 novas infeções.
Mas os números máximos no país foram alcançados no dia 28, quando se registaram 303 óbitos e um recorde de 16.432 novos casos positivos de SARS-CoV-2, em 24 horas.
Só em janeiro, só no primeiro mês do ano, já morreram cinco mil pessoas em Portugal.
Todavia, para além dos recordes sucessivamente batidos em mortos e novos infetados, também nos internamentos o mês de janeiro traduziu-se num aumento.
No último dia do ano, o boletim da DGS indicava a existência de 2.840 internados, dos quais 482 em unidades de cuidados intensivos. Hoje, há 6.544 pessoas internadas por covid-19, 843 delas em cuidados intensivos.
Portugal tem agora 179.939 casos ativos, mais 107.443 do que registava no final do ano. Num mês, o país contabiliza 297.340 novas infeções pelo novo coronavírus — e apenas 184.624 recuperados.
O caminho, que às vezes parece curto, vai-se estendendo, estendendo, estendendo. E cada vez morrem mais pessoas, sofrem mais pessoas. Novas, velhas, doentes, saudáveis. Nas cidades e nas aldeias. De covid-19 e do resto.
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