“Por disponibilidade manifestada por um mestre, o serviço desta ligação fluvial encontra-se assegurado entre as 23:30 [de sexta-feira] e as 02:00 [de sábado]. Apesar do serviço estar assegurado, mantém-se o plano de contingência que foi ativado”, disse à Lusa fonte oficial da Soflusa.
A empresa Soflusa ativou na sexta-feira um plano de contingência para assegurar o transporte dos passageiros da ligação fluvial, entre o Barreiro e Lisboa, de forma alternativa, explicando que a última ligação estava prevista para as 23:30, de sexta-feira, devido à falta de mestre.
O plano de contingência consiste na realização de carreiras extras entre o Cais de Sodré e o Seixal, às 00:15, 01:15 e 02:15, sendo depois efetuada a ligação entre o terminal do Seixal e o terminal do Barreiro através de táxi.
“Consoante o número de passageiros, este transporte poderá estar sujeito a demora”, acrescenta.
Apesar de um mestre se ter disponibilizado e do serviço estar a ser efetuado, o plano continua ativo, mas apenas até às 02:00, mantendo-se o que estava previsto para o fim de semana.
Para o fim de semana, a empresa explica que a primeira ligação entre as duas margens está prevista para as 07:25 (sentido Barreiro/Lisboa) e a última às 22:55 (Lisboa/Barreiro).
Na Soflusa, os mestres estão a recusar o trabalho extraordinário desde o dia 18 de junho, exigindo que seja respeitado o acordo, celebrado em 31 de maio, para aumentar o prémio de chefia, que dizem ter sido, entretanto, “suspenso”.
A decisão de aumentar o prémio dos mestres, em cerca de 60 euros, levou a que sindicatos de outros categorias profissionais na empresa também avançassem com plenários e pré-avisos de greve, alegando que esta subida causaria uma “desarmonia salarial”.
No dia 17 de junho, na véspera de uma greve marcada pelo Sindicato da Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (SITEMAQ), foi anunciado que esta seria suspensa na sequência da subscrição de um protocolo negocial entre a administração da empresa e os sindicatos, com o Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante (STFCMM) a ser o único que não assinou.
Os mestres pretendem que seja pago o acordado no dia 31 de maio e voltaram a recusar o trabalho extraordinário, o que tem originado a supressão de várias carreiras fluviais diariamente, afetando milhares de utentes.
O STFCMM entregou um pré-aviso de greve, a todo o trabalho extraordinário, a partir de hoje (06 de julho), bem como um pré-aviso de greve entre as 00:00 do dia 08 de julho e as 24:00 horas do dia 10 de julho.
Devido à greve de três dias agendada para o início da próxima semana, a Soflusa refere que foram decretados serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social.
Os serviços mínimos consistem em duas carreiras em cada sentido. Entre Barreiro e Lisboa será às 00:30 e 05:05, e no sentido contrário às 01:00 e às 05:30.
“Durante interrupção, os terminais fluviais estão encerrados, por motivos de segurança”, frisa.
Devido à greve na Soflusa, a empresa vai reforçar a oferta na Transtejo, na ligação do Seixal, até às 24:00, vai ter transporte rodoviário entre o Terminal fluvial do Barreiro e o Terminal fluvial do Seixal, o parque de estacionamento será gratuito no terminal do Seixal e a carreira 6 dos Transportes Coletivos do Barreiro, que faz a ligação com o terminal ferroviário da Fertagus.
“O título de transporte, válido na ligação fluvial do Barreiro, pode ser utilizado nas ligações fluviais de Montijo, Seixal e Cacilhas”, conclui.
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