Manuel Pizarro, Ministro da Saúde, e a Federação dos Médicos (FNAM) reúnem-se na próxima sexta-feira. Este encontro acontece a pedido do ministério, mas os médicos dizem que precisam de um princípio de acord, "capaz de salvar o SNS", o para que a greve marcada para o início de agosto, em plena Jornada Mundial da Juventude, seja desmarcada.

"Vamos para essa reunião com o compromisso de Manuel Pizarro em apresentar uma proposta que incorpore as revindicações da FNAM, que tem defendido um modelo equilibrado, capaz de concretizar a valorização salarial para todos os médicos, reduzir horários semanais, em urgência e as horas extraordinárias, de desenhar um novo regime de trabalho, defender e integrar os internos no primeiro escalão da carreira, sem abrir mão do descanso compensatório e da universalidade dos direitos que visam a segurança dos médicos e dos doentes", lê-se num comunicado onde a FNAM admite mais meios de luta pelos direitos dos médicos.

"Não é o cenário que queremos ver, nem para o qual temos trabalhado, mas, caso assim aconteça, não só manteremos a greve nos dias 1 e 2 de agosto, como seremos obrigados, devido à intransigência e ao radicalismo do Ministério da Saúde, em reforçar o calendário de luta em defesa do futuro do SNS".