Com a República em campanha eleitoral, o governo da Madeira anuncia uma nova abordagem à gestão da pandemia: acabar com a testagem massiva semanal para covid-19 quando o número diário de casos baixar para menos de 1.000.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, explicou que será adotada uma “estratégia diferente”: “Ainda estamos numa situação de pico e, logo que começar a descer, vamos adotar uma estratégia diferente, que será a possibilidade de fazermos a monitorização dos casos sem a testagem massiva semanal”, disse.

Miguel Albuquerque vincou que a testagem massiva da população só deixará de ser feita quando o número diário de novas infeções baixar para menos de 1.000, caso contrário “não seria uma estratégia correta”.

“Devemos atingir o pico esta semana e vamos esperar que o número comece a baixar para adotar a nova estratégia”, afirmou, indicando que a monitorização dos casos passará a ser feita através de um sistema informático.

A 20 de novembro de 2021, o governo da Madeira (PSD/CDS-PP) tornou obrigatório a apresentação conjunta de certificado de vacinação e teste antigénio negativo para covid-19 para acesso à maioria dos estabelecimentos e recintos públicos e privados e, simultaneamente, implementou um sistema que garante a realização de um teste semanal gratuito para todos os residentes.

No domingo, o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, afirmou que, apesar da disseminação da variante Ómicron, com mais de mil casos diários desde o início do ano, os seus efeitos são menos graves e não representou um aumento de hospitalizados na unidade de cuidados intensivos, o que leva o Governo da Madeira a delinear “uma nova estratégia” da abordagem ao SARS-CoV-2, que será anunciada em breve.

O governante disse que esta estratégia vai pôr em prática “medidas menos restritivas” e a testagem massiva da população “pode deixar de existir”, passando a covid-19 a ser “tratada como todas as doenças infecciosas”.

Em todo o país, foram registados até à meia-noite mais 125 internamentos em enfermaria por covid-19 e mais seis em cuidados intensivos nas últimas 24 horas, segundo os dados oficiais de hoje da pandemia, que dão conta de 21.917 novas infeções e 31 mortos.

Estão agora internadas 1.938 pessoas infetadas com o vírus SARS-CoV-2 em enfermaria e 174 em unidades de cuidados intensivos, revelam os dados do relatório da avaliação da situação epidemiológica da Direção-Geral da Saúde.