“Telefonei ao meu homólogo iraniano, e, com a alta representante da UE [para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Federica Mogherini], entendemos convidar o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, se possível na próxima semana”, declarou Sigmar Gabriel à cadeia alemã de televisão ZDF, sem adiantar mais detalhes.
Durante as manifestações que recentemente ocorreram em diferentes localidades iranianas durante uma semana, 21 pessoas morreram e várias pessoas foram presas.
“Nós afirmámos desde cedo que apoiamos a liberdade de manifestação e que o Estado deve apoiá-la”, sublinhou Gabriel.
Ao mesmo tempo, o chefe da diplomacia alemã recusou seguir o exemplo dos Estados Unidos, liderados por Donald Trump, a quem acusou de explorar a situação, acicatando os ânimos.
“Nós avisámos, mas não só apenas nós, também o Presidente francês [Emmanuel Macron], advertimos contra tentativas de instrumentalizar os conflitos internos do Irão”, disse o governante alemão.
O responsável referiu-se em particular ao facto de os Estados Unidos “se prepararem para denunciar o acordo nuclear e assim destruir o sucesso dos esforços que pretendem impedir que o nuclear militar continue a propagar-se no mundo”.
Os Estados Unidos levaram na sexta-feira o assunto dos protestos no Irão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, numa reunião em que ficaram evidentes fortes divisões entre os seus membros permanentes.
O Governo iraniano considerou que este gesto dos Estados Unidos representa uma nova ‘gaffe’ da administração de Donald Trump.
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