Em entrevista à Lusa à margem da Cimeira dos “Amigos da Coesão”, a decorrer hoje no Convento de São Francisco, em Beja, Plenkovic, cujo país exerce a presidência europeia neste semestre, assegurou que os Balcãs Ocidentais são “uma prioridade” para Zagreb.

“Estruturar a relação para os próximos dez anos com esses países [Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Macedónia do Norte e Albânia], [fechar] a nova metodologia de negociações [de adesão] e, espero também antes da Cimeira de Zagreb, a 6 e 7 de maio, a decisão de abrir negociações com a Albânia e a Macedónia do Norte”, disse.

Em outubro, os líderes da UE não chegaram a um consenso sobre a abertura de negociações de adesão com Macedónia do Norte e Albânia, que tinha sido recomendada pela Comissão Europeia em maio em face dos progressos feitos pelos dois países no cumprimento dos critérios.

O fracasso em chegar a um consenso, qualificado pelo então presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, como “um erro histórico”, deveu-se a um bloqueio de França, que reclama uma reforma da política de alargamento antes da abertura de novos processos, e da oposição da Dinamarca e Holanda à abertura de negociações com Tirana.

Andrej Plenkovic disse “acreditar verdadeiramente” que haverá progressos para a abertura de negociações.

“A nova metodologia que a Comissão vai propor vai atender a algumas reservas que França tinha e os progressos feitos em áreas concretas do sistema judicial, das liberdades fundamentais e da luta contra a corrupção e o crime organizado na Macedónia do Norte e na Albânia vão atender às reservas de dois outros países”, disse.

A Macedónia do Norte é candidata à UE desde 2005 e a Albânia pediu para aderir em 2014.

“Estamos a trabalhar nisso e gostaríamos de ver esse progresso porque ambos os países estão à espera há muito tempo. Para toda a região e para a envolvente da UE é muito melhor ter essas decisões antes [da Cimeira] de Zagreb”, frisou.

A presidência croata do Conselho Europeu definiu quatro prioridades: “Uma Europa que desenvolve, uma Europa que liga, uma Europa que protege e uma Europa que é globalmente influente nas questões políticas mais importantes”.

Além das prioridades, explicou, há, para Zagreb, cinco elementos decisivos para este semestre: o ‘Brexit’, o Quadro Financeiro Plurianual, os Balcãs Ocidentais e a Conferência sobre o Futuro da Europa.

A Conferência sobre o Futuro da Europa “é um processo que agarrámos firmemente, estamos a discuti-lo e queremos envolver todas as instituições”, disse.

“Sabemos que em muitos países há um sentimento de exclusão por parte dos cidadãos, um sentimento de afastamento das políticas europeias e penso que vai ser um trabalho muito intenso para todos nós explicar às pessoas os benefícios concretos da cooperação europeia”, explicou.

“Se o conseguirmos fazer, nunca mais haverá uma situação como o ‘Brexit’”, sublinhou.

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