“A União Europeia exprime a sua séria preocupação quanto ao anúncio, hoje, do Presidente dos Estados Unidos sobre Jerusalém e quanto às repercussões que este pode ter sobre a perspetiva de paz” na região, afirmou Mogherini, Alta Representante da UE para a Política Externa e Segurança, num comunicado.
O anúncio feito por Donald Trump representa uma rotura com décadas de neutralidade da diplomacia norte-americana na questão israelo-palestiniana.
Trump também anunciou que vai dar ordens ao Departamento de Estado para mudar a embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.
No seu discurso, o Presidente dos EUA disse que continua a defender uma solução de “dois Estados” naquela região – Palestina e Israel – e disse que “tudo fará para promover uma solução pacífica”.
Trump apelou à “calma” e à “tolerância” na sequência do seu anúncio, e indicou que o seu vice-presidente, Mike Pence, se desloca ao Médio Oriente “nos próximos dias”.
Os Estados Unidos transformam-se assim no único país do mundo a reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Israel considera a Cidade Santa a sua capital “eterna e reunificada”, mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
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