"Já fomos fazendo algumas diligências nestes últimos oito dias e nem sempre foi fácil lidar com o desalento de uma comunidade, mas é certa em nós uma vontade enorme de trabalhar em prol do ressurgimento do nosso concelho. Temos um concelho para reerguer e apelo à união de todos", sustentou Paulo Ferreira.
Durante a cerimónia de tomada de posse, o novo presidente da Câmara de Oliveira de Frades (distrito de Viseu), eleito a 01 de outubro, aludiu aos desafios que tem pela frente, agora com a acrescida responsabilidade de tentar reverter as consequências do incêndio do dia 15 de outubro.
"Foi uma catástrofe, arrisco-me a dizer que foi a maior desde que nasci. Todos nós precisamos, mais do que nunca, de orientar os nossos esforços para reerguer um concelho dizimado pelas chamas", acrescentou.
Ao longo da sua intervenção, Paulo Ferreira pediu a união de todas as forças vivas do concelho e a ajuda dos concelhos vizinhos, nomeadamente S. Pedro do Sul e Vouzela, que se fizeram representar através dos seus presidentes de Câmara, Vítor Figueiredo (PS) e Rui Ladeira (PSD).
"Pelo vosso traquejo, ao serem já presidentes reeleitos, peço humildemente ajuda para este desafio que agora inicio. Não é sinal de fragilidade quando nós temos a capacidade de reconhecer que precisamos também da vossa ajuda", apontou.
Aproveitando a presença de Pedro Alves, deputado do PSD, eleito pelo círculo eleitoral de Viseu, o novo autarca deixou o recado de que o seu concelho "precisa muito da ajuda do Governo na nação".
"Este é seguramente o maior desafio da minha vida e, em tão pouco tempo, foi alterado. Mas, há algo na minha vida que nunca será alterado: a forma de servir, a disponibilidade e a forma de trabalhar", concluiu.
O partido ‘Nós, Cidadãos!' venceu em Oliveira de Frades as eleições de 01 de outubro, arrecadando 46,96% dos votos e três mandatos. Paulo Ferreira assume a presidência, enquanto Carlos Pereira e Clara Vieira serão vereadores.
A coligação PSD/CDS-PP conseguiu 40,51% dos votos e elegeu dois mandatos: Paulo Antunes e Abel Dias.
A autarquia era governada pelo PSD desde 1982, sendo presidente de Câmara nos últimos 12 anos Luís Vasconcelos, que ficou arredado desta última ‘corrida' autárquica devido à lei de limitação de mandatos.
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