Francisco George disse que o local concreto será anunciado no final de uma reunião a realizar hoje com a participação da Direção-Geral da Saúde (DGS), do organismo que regula o setor do medicamento (Infarmed), da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), da associação ILGA Portugal – Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero e do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT).
“Trata-se de uma reunião de coordenação que vai juntar diversos organismos e organizações que se interessam pela atividade epidémica, uma vez que isto atinge muitos dos seus associados. Vamos trabalhar no sentido de definir quais são os circuitos, que têm de ter um fácil acesso, para que aqueles que necessitam de ser protegidos receberem o atendimento adequado”, disse o diretor geral da Saúde, adiantando que o encontro servirá também para obter “uma gestão conjunta dos stocks de vacinas”.
“É preciso sublinhar que não é uma campanha dirigida à população. A população não está em risco, há aqui uma outra preocupação que é proteger os cidadãos que estão em risco. São cidadãos com um perfil de risco definido”, frisou Francisco George em declarações à margem das Jornadas Nacionais de Saúde em Meio Prisional.
O diretor geral de Saúde garantiu que existem vacinas e medicamentos suficientes, “desde que sejam utilizados com critério, de forma inteligente, não há aqui razões para qualquer tipo de temor, qualquer tipo de pânico ou alarmismo porque se está a trabalhar à luz das melhores práticas sobre estas matérias”.
Questionado pela Lusa, Francisco George reconheceu que “os casos têm aumentado e vão continuar a aumentar” e que ainda “não se conseguiu definir o perfil em termos de magnitude”.
“O que já percebemos é a natureza, a génese, como é que se originou este problema”, frisou.
Segundo a DGS, desde 01 de janeiro foram notificados 123 casos de hepatite A.
As III Jornadas Nacionais de Saúde em Meio Prisional, realizaram-se no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo no âmbito das quais foi assinada a primeira adenda a um protocolo de cooperação entre a Direção Geral dos Serviços Prisionais e o Centro Hospitalar de São João.
Esta adenda estende ao Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo (feminino) a prática já protocolada e em curso no Estabelecimento Prisional do Porto, pela qual o Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de São João se compromete a deslocar os seus profissionais a estes estabelecimentos prisionais para realizar as consultas de especialidade de Doenças do Fígado, promover os diagnósticos adequados e facultar a medicação que permita a cura da hepatite C na quase totalidade dos reclusos e reclusas tratados para esse efeito.
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