“À medida que a nova epidemia de coronavírus continua a desenvolver-se, a Universidade de Macau (UM) a partir de hoje designou uma equipa de aconselhamento psicológico profissional de nove membros para trabalhar com o Governo da RAE [Região Administrativa Especial] de Macau e fornecer apoio à saúde mental das pessoas afetadas”, anunciou, em comunicado, a universidade.

Os últimos dados oficiais apontam para 20 casos (suspeitos ou confirmados) em isolamento na Pousada Marina Infante, na ilha da Taipa.

O aconselhamento psicológico será feito “por telefone, mensagens on-line e outras tecnologias de áudio e vídeo” para ajudar os pacientes a lidarem com o stress emocional, indicou.

No domingo, as autoridades anunciaram o oitavo caso de novo coronavírus no território, o primeiro caso de infeção de um habitante de Macau, já que todos os outros contaminados pelo vírus são da cidade chinesa de Wuhan, centro do surto.

No mesmo dia, a UM “intensificou o desenvolvimento de um sistema (…) para ajudar a combater o surto” do coronavírus chinês, um ‘kit’ de teste rápido que acelera o processo de deteção do vírus, anunciou a instituição.

“A fim de acelerar a deteção de novos coronavírus” a UM “intensificou o desenvolvimento de um sistema baseado (…) para ajudar a combater o surto epidémico”, de acordo com um outro comunicado.

“Com a ajuda do ‘Virus Hunter’, um ‘kit’ de teste rápido desenvolvido com a tecnologia patenteada da UM, todo o processo de deteção de vírus pode ser concluído em 30 minutos”, referiu.

O ‘kit’ em causa é “desenvolvido pela Digifluidic Biotech Ltd [fundada por estudantes do doutoramento] e é suportado pela tecnologia patenteada da UM. Uma das vantagens é que “permite que o pessoal da linha de frente realize testes rápidos no local em pacientes com suspeita de coronavírus e, assim, ajuda a otimizar o processo de deteção”, indicou a mesma nota.

“O ‘Virus Hunter’ usa ‘chips’ (…) digitais patenteados pela UM, que substituem a parte de controlo manual dos testes tradicionais (…) e, portanto, podem ajudar a aumentar a eficiência da deteção e reduzir o risco de transmissão de vírus”.

A China elevou hoje para 362 mortos e mais de 17 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

Desde dezembro já surgiram 17.205 casos em toda a China da doença que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a decretar uma emergência mundial e que já se espalhou a 20 países.

No domingo, morreu a primeira pessoa infetada fora da China, nas Filipinas: um chinês de 44 anos, natural de Wuhan.