Em comunicado enviado às redações, a Universidade do Porto adianta que requalificou o Estádio Universitário, que Luís Montenegro vai inaugurar a 22 de novembro, e que investiu nos complexos da Asprela e da Boa Hora, pretendendo duplicar a percentagem de praticantes de desporto nos próximos cinco anos.
“O ensino superior, além de formação e de investigação, deve promover a relação social, a saúde e a cultura”, afirma a vice-reitora Maria Joana de Carvalho.
A inauguração da segunda fase da reabilitação do Estádio Universitário do Porto (a primeira fase foi concluída em 2020) é uma peça central do programa da Universidade do Porto para duplicar a prática desportiva na sua comunidade académica e, em simultâneo, abrir as instalações à população da cidade e da área metropolitana.
Nesta segunda intervenção foi recuperada a bancada com capacidade para mais de 500 lugares, os balneários e vestiários no seu interior que dão apoio aos campos desportivos exteriores, bem como construídos dois edifícios onde ficará instalada a sede do Centro de Desporto da Universidade do Porto e outro que servirá de apoio a todo o complexo (tendo ainda a capacidade de acolher atividades de manutenção da condição física na sala multiusos).
Nos pavilhões desportivos, além da construção de uma sala de musculação, foi realizada uma intervenção de fundo no piso das naves desportivas, levando à substituição total do existente com a colocação de um piso flutuante em madeira maciça de última geração.
Com sete milhões de euros de fundos próprios investidos até agora, e outros sete milhões previstos para os próximos anos, a Universidade do Porto pretende “sensibilizar o Governo para a necessidade de criar mecanismos e instrumentos de apoio financeiro que permitam às universidades manter e reequipar as suas infraestruturas no futuro”, diz o vice-reitor Pedro Alves Costa.
"O compromisso da Universidade do Porto com o investimento contínuo nas suas instalações desportivas tem como primeiro objetivo que, pelo menos, 40% da sua comunidade académica – estudantes, docentes e funcionários – pratique regularmente desporto até 2030”, refere Maria Joana de Carvalho, vice-reitora com o pelouro do Desporto.
"Em competições já somos a grande referência do desporto universitário em Portugal, embora não mais do que 18% dos estudantes frequentem as nossas instalações desportivas: a nossa grande prioridade para os próximos anos é duplicar essa percentagem e promover estilos de vida ativos e saudáveis na população académica, alargando este desafio a todos os portuenses e habitantes dos concelhos vizinhos", continua.
No ano letivo 2023-2024, o número de entradas nas instalações do Centro de Desporto da Universidade do Porto (CDUP) – constituídas pelo Estádio Universitário e pelos complexos da Boa Hora e da Asprela – foi de 232.072, um aumento de mais de 450% face a 2010.
Por sua vez, o CDUP tinha 10.812 utilizadores inscritos, dos quais 63,1% praticantes são membros da Universidade do Porto.
"O Estádio Universitário, assim como os outros complexos desportivos da Universidade do Porto, é mais do que um estádio: o aumento da atividade física entre os estudantes universitários é fundamental para melhorar o seu desempenho académico, além de contribuir para a sua socialização, interação e bem-estar”, afirma Maria Joana de Carvalho.
"Este é, por isso, um desígnio que pretendemos alcançar na Universidade do Porto com o aumento das condições para a prática de atividade física e desportiva", continua.
A vice-reitora quer também que o Estádio Universitário "se torne um espaço híbrido, com condições, não só para o desporto competitivo, mas também para a prática desportiva de lazer e para o acolhimento de manifestações culturais e recreativas", que atraiam utilizadores em larga escala de dentro e de fora da academia.
“Considero igualmente importante reforçar o papel destas instalações como espaços abertos à cidade, promovendo a inclusão social, cultural e internacional, uma vez que as nossas faculdades têm cada vez mais estudantes estrangeiros”, diz Maria Joana de Carvalho.
Para a equipa do reitor António de Sousa Pereira, a recuperação do parque desportivo da Universidade do Porto é essencial para cumprir o objetivo de integrar cada vez mais estudantes e não estudantes nas práticas desportivas.
"As prioridades que estão estabelecidas para o futuro do edificado desportivo são três e implicarão um novo investimento de cerca de sete milhões de euros", afirma o vice-reitor Pedro Alves Costa, responsável pela gestão das instalações de toda a universidade.
Entre as prioridades estão: "A recuperação do complexo desportivo da Boa Hora com a construção de um pavilhão desportivo com área para atividades de fitness; a construção de um ginásio no polo da Asprela também com capacidade para as diversas áreas do fitness e para desportos de combate; e a ampliação dos pavilhões do Estádio Universitário para tornar este complexo numa área de bem estar e saúde, com espaços para desportos de academia e áreas de apoio aos estudantes/atletas de alto rendimento", explica.
"Estas são obras essenciais, não só para a Academia, mas também para dar continuidade ao papel prestado pelo CDUP como instituição inclusiva e aberta à sociedade, com um programa de desporto para pessoas com necessidades especiais e para estimular a colaboração da universidade com cada vez mais coletividades e instituições da cidade", afirma Pedro Alves Costa.
Para o vice-reitor, a prática desportiva “pode e deve ser uma porta de contacto com o ensino superior em qualquer idade, transformando estas instalações em pontos de interação com o ensino superior e suas dinâmicas, promovendo a integração e relevando o ensino como mecanismo de elevação social".
Trata-se de “instalações desportivas de qualidade, conjugadas com programas devidamente desenhados, as quais constituem uma oportunidade ímpar para a afirmação da universidade como parceiro ativo na promoção da qualidade de vida e no combate a todas as tipologias de exclusão social”, refere Pedro Costa.
A inauguração das obras de reabilitação do Estádio Universitário do Porto terá lugar às 18h00 de dia 22 de novembro, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre.
O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, também intervirá na cerimónia.
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