“O motivo desta alarmante possibilidade deve-se à falta de médicos na instituição, desconhecendo-se que haja um plano de encaminhamento alternativo das cerca de 130 crianças que recorrem diariamente a estes serviços”, informou o SEP, em comunicado.
Por este motivo, o sindicato considerou que, a partir de 13 de abril, as crianças dos concelhos de Almada e do Seixal estão em risco de ficar sem recurso à urgência pediátrica deste hospital.
Segundo a nota enviada, os enfermeiros do Garcia de Orta “têm manifestado preocupação”, não só na qualidade de profissionais, mas também como utentes, uma vez que grande parte “reside nos concelhos abrangidos”.
“É inadmissível que o conselho de Administração e a tutela não encontrem uma solução definitiva para este problema, que consubstancia um desinvestimento numa instituição de referência na margem sul do Tejo, com prejuízos elevados para as populações/utentes abrangidas”, frisou.
Na semana passada, a Ordem dos Médicos tinha alertado para o “cenário muito grave” da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, avisando que o serviço poderá encerrar alguns dias ou em alguns períodos do mês de abril.
Nesta sequência, a administração do Garcia de Orta garantiu estarem a ser tomadas medidas para colmatar a falta de médicos na urgência pediátrica, como a contratação de dois especialistas e a colaboração de pediatras de outros hospitais.
Na visão do sindicato, contudo, nada está a ser feito para resolver o problema e, por isso, deu conhecimento da situação às “autarquias e comissão de utentes” de Almada e Seixal.
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