“O movimento no serviço de urgência (SU) do CHUC tem sido normal, com valores de afluência sobreponíveis aos do ano passado e tempos médios de espera sem desvios marcantes na procura”, assegurou hoje, questionada pela agência Lusa, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

“Ontem [sábado], dia 30, entre as 00:00 e as 19:00, registaram-se 375 admissões no SU e às 19:00 não se encontrava nenhum doente a aguardar triagem, estando os doentes todos distribuídos pelas áreas de especialidade”, exemplificou a mesma fonte daquele organismo.

A ARSC informa ainda que "nos restantes hospitais da região Centro os SU têm estado a funcionar normalmente, bem como a assistência nos centros de saúde”.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, denunciou no sábado "o caos instalado na maior parte das urgências do país" e apelou ao Ministério da Saúde para que "tome uma atitude".

"O que se está a passar é aquilo que nós já tínhamos antecipado quase há dois meses, quando denunciámos que o Ministério das Finanças não tinha autorizado pela primeira vez - nunca aconteceu isto em nenhum ano, não autorizar - a contratação dos enfermeiros necessários para o período de contingência da gripe", afirmou a bastonária.

No serviço de urgência do CHUC, os doentes estão "todos misturados, doentes com meningite, doentes com outras infeções, não há controlo de infeção", assegurou.

No caso do hospital de Leiria, foram retirados "enfermeiros dos cuidados intensivos, deixando esses doentes em insegurança para pôr os enfermeiros nas urgências porque não têm", disse ainda Ana Rita Cavaco.

A Ordem dos Médicos considera que há situações anómalas e graves nas urgências de alguns hospitais nos últimos dias, mas não generaliza o panorama a todas as unidades do país.

“Na última semana houve algumas situações complicadas”, afirmou hoje o bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, em declarações à agência Lusa.

“O ministro da Saúde não preparou os serviços atempadamente” para este período de inverno e de aproximação da gripe, sustentou Miguel Guimarães.

“Está a acontecer mais uma vez o que já aconteceu em anos anteriores”, acrescentou o bastonário, considerando que “falhou o plano de contingência definido pela Direção-geral da Saúde”.

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