Segundo os dados do “Vacinómetro”, que monitoriza a vacinação contra a gripe em grupos prioritários da época gripal, os dados para os grupos avaliados mostram uma taxa de vacinação inferior em relação ao mesmo período do ano passado.
Esta diminuição pode ser “explicada pelas condições ambientais, com temperaturas mais elevadas que têm sido registadas neste outono”, refere o comunicado que divulga os primeiros dados do “Vacinómetro”, que permite monitorizar em tempo real, a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários recomendados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Vacinaram-se desde o dia 1 de outubro 27,7% das pessoas a partir dos 65 anos, 22% das pessoas portadoras de doença crónica e 19% dos profissionais de saúde com contacto direto com doentes.
Entre os que têm idades entre os 60 e os 64 anos vacinaram-se nas primeiras semanas de outubro cerca de 14,5% dos portugueses.
“Destacamos ainda que dentro da população não vacinada, 43,7% tenciona vacinar-se contra a gripe, durante esta época”, refere o comunicado.
Os dados indicam também que, do total do grupo inquirido, foram vacinados, pela primeira vez, 16,9 % das pessoas pertencentes aos grupos prioritários para a vacinação.
De todo o grupo dos vacinados, mais de metade levou a vacina por recomendação do médico. Um quarto fê-lo por iniciativa própria e os restantes ou por iniciativas em contexto laboral, ou por recomendação do farmacêutico ou porque sabem fazer parte de um grupo de risco.
A vacina contra a gripe é “fortemente recomendada” para grupos como pessoas com idades acima dos 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos a partir dos seis meses, grávidas e profissionais de saúde ou prestadores de cuidados em lares de idoso. Recomenda-se também a pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos.
O “Vacinómetro” é promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia, pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de um laboratório farmacêutico.
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