Em comunicado, a empresa informa que "a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a evacuação de área a jusante da barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG)”, depois de ser informada pela Vale da ativação do nível 1 do plano de emergência.
"A Vale ressalta que a decisão é preventiva e aconteceu após a empresa de consultoria Walm negar a Declaração de Condição de Estabilidade à estrutura", acrescentou a mineradora brasileira.
A ação de evacuação começou na madrugada de hoje e vai abranger cerca de 500 pessoas que moram nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras, todas situadas na cidade de Barão de Cocais.
"Como medida de segurança, a Vale está a intensificar as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detetar movimentações milimétricas na estrutura. A Vale está a trazer consultores internacionais para fazer nova avaliação da situação no próximo domingo", concluiu a empresa.
A cidade de Barão de Cocais fica a uma distância de 146 quilómetros de Brumadinho, município atingido pela rutura de uma barragem da mineradora Vale no último dia 25, que provocou uma avalanche de lama que soterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
O desastre em Brumadinho provocou até agora 157 mortos confirmados, havendo ainda 182 pessoas desaparecidas, segundo um novo balanço feito na última quinta-feira pela Defesa Civil de Minas Gerais.
Após o desastre, a Vale anunciou que vai fechar todas as barragens construídas com o mesmo método da de Brumadinho, ou seja, erguidas a partir do próprio lixo e da terra na área.
A mineradora brasileira já esteve envolvida num outro acidente semelhante, ocorrido numa das minas da sua subsidiária Samarco no estado de Minas Gerais há três anos, na cidade de Mariana, no qual morreram 19 pessoas após a rutura de uma outra barragem.
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