A variante do vírus responsável pela covid-19 identificada pela primeira vez na Índia está por trás de mais de metade — 60% — dos novos casos confirmados na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, revelam as análises do INSA.
Na região Norte, a prevalência desta variante, oficialmente designada Delta, é inferior a 15%.
Em sentido contrário, a variante Alfa, associada ao Reino Unido, tem uma prevalência de 80% no Norte e de cerca de 30% em Lisboa e Vale do Tejo.
Estima-se que a variante Delta tenha um grau de transmissibilidade cerca de 60% superior à variante Alfa.
Os dados analisados sugerem ainda que “apenas 2,5% dos casos associados à variante Delta apresentam, ainda, a mutação K417N”.
“Esta mutação, também associada à variante Beta, anteriormente designada como variante da África do Sul, tinha sido, recentemente, apontada como alvo de vigilância apertada pelas autoridades de saúde do Reino Unido, sendo que Portugal era um dos países onde a mesma tinha sido identificada na variante Delta”, explica o INSA.
Contudo, adianta o instituto de saúde pública, os resultados sugerem que a variante Delta com esta mutação adicional “não ganhou expressão relevante em Portugal”.
No que diz respeito às variantes Beta e Gama (associada a Manaus, Brasil), a primeira não foi detetada nas amostras analisadas e a segunda aparece com uma prevalência de cerca de 3%, tanto na região Norte como em LVT, mantendo os valores estimados em maio.
O estudo da diversidade genética do novo coronavírus (covid-19) por parte do INSA serve para determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal.
Em Portugal, morreram 17.062 pessoas dos 864.109 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 matou, até hoje, pelo menos 3.862.364 pessoas no mundo desde o final de dezembro de 2019, segundo o levantamento da agência de notícias francesa AFP feito com base em dados oficiais.
Mais de 178.125.020 casos de infeção pelo novo coronavírus foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia. A grande maioria dos doentes consegue recuperar da infeção, mas uma parte deles mantém alguns sintomas durante semanas ou até meses.
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