Em comunicado o grupo adianta que a posição conjunta será tornada pública no final de uma conferência que decorre, na quarta-feira, na Academia das Ciências de Lisboa.
“Na Fragilidade e no Terminar da Vida Humana - Cuidar e Acompanhar até ao fim, com Compaixão” é o lema da conferência inter-religiosa que segundo os organizadores pretende contribuir para a reflexão que decorre na sociedade portuguesa sobre uma matéria que envolve áreas tão diferentes como a Antropologia, a Ética, o Direito, a Medicina e a Religião, entre outras.
No final da conferência, está prevista a leitura e assinatura de uma declaração conjunta sobre a morte assistida, que o GTIR/Saúde afirma ter a intenção de fazer chegar ao Presidente da República e ao Presidente da Assembleia da República.
O Grupo de Trabalho Inter-religioso para as questões da Saúde surge na sequência da aprovação pelo Estado Português do Decreto-Lei 253/2009 de 23 de setembro, que reconhece o direito dos doentes internados em estabelecimentos de saúde do Sistema Nacional de Saúde a serem assistidos espiritual e religiosamente por membros das suas comunidades religiosas de pertença.
Este grupo, que engloba as comunidades Islâmica, Israelita, Budista, Hindu e Bahá’í, as Igrejas Adventista, Ortodoxa e Católica, a Aliança Evangélica e o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC), tem como objetivo acompanhar o processo de aplicação da nova regulamentação.
O parlamento vai discutir a 29 de maio os quatro projetos, do PAN, BE, PS e PEV, sobre a morte medicamente assistida.
Na terça-feira, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou que a igreja católica lançou 1,5 milhões de folhetos contra a eutanásia e em defesa da vida, destinados a promover uma discussão "serena" e não uma luta ou campanha.
O desdobrável, que começou a ser distribuído há cerca de uma semana, resume "em quatro ou cinco questões mais incisivas" selecionadas para nele constarem, um outro documento com perguntas e respostas sobre a eutanásia, anteriormente preparado pela CEP.
De acordo com o porta-voz da CEP o desdobrável está a ser distribuído em dioceses paróquias e instituições diversas "não só da Igreja", para que "chegue o mais possível" às pessoas e estas "tenham mais um elemento de esclarecimento" das convicções da igreja católica "que é a de defesa da vida", reafirmou.
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