“A ditadura de Nicolás Maduro tem de acabar para que a Venezuela tenha um futuro estável, democrático e próspero”, refere o comunicado.

“Como a Administração Trump explicou, todas as opções estão na mesa” e “os Estados Unidos usarão todas as ferramentas apropriadas para pôr fim ao controlo de Maduro na Venezuela, apoiar o acesso do povo venezuelano a ajuda humanitária e garantir uma transição democrática na Venezuela”, acrescenta o mesmo comunicado.

Numa carta enviada à presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi e divulgada na noite de segunda-feira, o Presidente norte-americano, Donald Trump, avisa ter decidido que era necessário “bloquear os bens do Governo venezuelano”, já que “o regime ilegítimo de Nicolas Maduro continua a usurpar o poder”.

A proibição aos norte-americanos de efetuarem quaisquer negócios com o Governo da Venezuela também entra em vigor imediatamente.

Após o anúncio, Caracas acusou Washington de “terrorismo económico” e tentou suspender as negociações entre representantes do Governo e da oposição, que estão a decorrer em Barbados com a mediação da Noruega.

“Washington emitiu uma ordem executiva que pretende formalizar o criminoso bloqueio económico, financeiro e comercial já em marcha, que tem ocasionado feridas na sociedade venezuelana durante os últimos anos", acusa o Governo de Maduro em comunicado.

O documento, divulgado em Caracas pelo Ministério de Relações Exteriores, sublinha que “o propósito é enforcar o povo venezuelano para forçar uma mudança de governo, em aberta violação dos princípios da Carta das Nações Unidas”.

Hoje o Wall Street Journal defende que esta decisão constitui a primeira medida de um embargo económico total imposto por Washington contra a Venezuela, situação que coloca aquele país ao mesmo nível da Coreia do Norte, do Irão, da Síria e de Cuba.

Os Estados Unidos, em conjunto com cerca de outros 50 países, reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

Dezenas de países, incluindo Portugal, estão hoje reunidos no Peru, numa conferência internacional para debater a situação na Venezuela.

Segundo o chefe da diplomacia peruana, Nestor Popolizio, o encontro visa falar sobre “a melhor maneira de recuperar a democracia na Venezuela” e examinar o impacto gerado pela migração massiva de venezuelanos para os países vizinhos.