“Desde o primeiro ‘toque de Diana’ (toque militar usado para acordar os soldados), desde o primeiro cantar do galo, as FAB estarão nas ruas, dizendo ‘Viva a união cívico-militar’, ‘Viva a revolução bolivariana'”, afirmou na segunda-feira.
Nicolás Maduro falava num ato transmitido pela televisão estatal venezuelana durante o qual ordenou ao exército que marche “em defesa da moral, da honra, do compromisso com a pátria” e contra os “traidores da pátria, que a partir do estrangeiro, de Miami, Bogotá e Santo Domingo triangulam conspirações”.
Por outro lado, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, explicou que “as FAB preservam a sua unidade monolítica, granítica e ratificam a sua lealdade incondicional ao senhor Presidente”.
A 7 de abril a oposição venezuelana anunciou a intenção de realizar esta quarta-feira uma grande manifestação, que prometeu ser a “mãe de todas as marchas”, em todos os estados do país, no âmbito de protestos contra a alegada rutura constitucional e contra duas sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento, onde a oposição detém a maioria.
Por seu lado, o governo anunciou uma “marcha histórica”, nesse mesmo dia, em Caracas, para assinalar o 207º aniversário da ‘revolução’ de 1810, que levou à independência do país.
“Se a oposição deseja fazer alguma atividade tem que saber que o ‘chavismo’ estará nas ruas, e vai ter que cumprir com a Constituição e a normas estabelecidas para as manifestações públicas e pacíficas”, disse o vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami, à televisão estatal.
Fontes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, do Governo) dão conta de que nesse mesmo dia haverá atos de solidariedade com o Governo venezuelano e pela paz, em duas dezenas de países.
Onze países da América Latina pediram na segunda-feira à Venezuela que “garanta” o direito a manifestações pacíficas, antecipando igualmente os protestos anunciados contra o regime de Maduro.
“Apelamos ao Governo da República bolivariana da Venezuela que garanta o direito de manifestação pacífica”, declararam a Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru e Uruguai, num comunicado divulgado por Bogotá.
Desde o início de abril, cinco pessoas morreram e centenas ficaram feridas em manifestações contra o Governo venezuelano que resultaram em confrontos com a polícia.
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