"O primeiro caminho é ir ao encontro da Rede Portuguesa de Assistência Médica e Social (criada com a Associação de Médicos Luso-Venezuelanos - Assomeluve) que já está montada em cinco localidades (no Distrito Capital e nos Estados venezuelanos de Anzoátegui, Arágua, Carabobo e Bolívar) e que o Governo de Portugal sempre que for necessário a pode efetivamente alargar", disse.
Rosa Valente de Matos falava à agência Lusa no final de uma visita de seis dias à Venezuela, juntamente com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, que incluiu ainda representantes do Instituto de Emprego de Portugal, do Ministério da Administração Interna e da Direção Geral dos Assuntos Consulares.
Durante a visita, os ministérios da Saúde e dos Negócios Estrangeiros de Portugal assinaram um acordo, em Caracas, para reforçar o envio de medicamentos e a atenção médica local aos luso-venezuelanos.
O acordo foi assinado por Rosa Valente de Matos e José Luís Carneiro, durante um encontro com luso-venezuelanos que teve lugar no Centro Português de Caracas.
Segundo Rosa Valente de Matos, o primeiro passo, é que os portugueses façam o processo clínico e económico, e a partir daí a resposta será dada mediante as necessidades efetivas.
"Obviamente, se me perguntar, conseguem responder a tudo. Estamos a fazer um caminho. É um caminho que temos que fazer e esse caminho tem que ser feito em conjunto, com as autoridades, a Embaixada (de Portugal), com os portugueses, as associações, e com o Governo de Portugal. Portanto, é esta rede que neste momento está montada e que está pronta para responder", disse.
A governante explicou ainda que Portugal já está a responder a casos de "doença crónica, oncológica, não só trazendo os medicamentos" mas também a alguns processos para que sejam garantidos tratamentos sempre que haja necessidade.
"Esta relação de proximidade que nós governantes estamos a fazer com esta população é muito útil porque é um dar e receber (...) é importante intensificar e de um lado e de outro perceber que todos temos que fazer esforços, todos, o Governo, os portugueses e lusodescendentes que neste momento estão na Venezuela, para que este processo seja de transparência e de ajudam mútua", disse.
Rosa Valente de Matos destacou que se vai ter agora condições para responder mais eficientemente aos problemas detetados.
“Porque nos apercebemos daquilo que as pessoas precisam e querem. Portanto, criamos aqui uma rede, com o apoio obviamente das associações que já trabalham aqui, para permitir que essa resposta chegue mais atempadamente e mais diretamente àquilo que são as necessidades das pessoas", afirmou.
A secretária de Estado da Saúde diz deixar a Venezuela "com um sentimento de que é preciso trabalhar, reforçar ainda mais estes canais", mas que "valeu a pena e cumpriu a sua missão", deslocando-se ao país.
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