"Em Miraflores [Palácio Presidencial] estão desesperados, não sabem quem dá as ordens (...). Estes funcionários não sabiam o que faziam", afirmou o presidente da Assembleia Nacional, dominada pela oposição ao Presidente.
Em declarações aos jornalistas, à chegada ao Estado venezuelano de Vargas, o presidente do parlamento explicou que falou com os funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN, serviços secretos), que o detiveram durante cerca de uma hora.
"Falhei-lhes de amnistia, que não podiam [deter-me] porque sou o legítimo presidente da Assembleia Nacional", relatou.
Juan Guaidó voltou a apelar para uma "efetiva mudança de Governo" e instou os venezuelanos a participar numa manifestação, a 23 de janeiro, pelo não reconhecimento do novo mandato do Presidente Nicolás Maduro.
"Eles não vão ser capazes de silenciar o grito da mudança", disse, precisando que o Estado venezuelano de Zúlia está há 11 anos sem energia elétrica.
Por outro lado, agradeceu à comunidade internacional pelo apoio aos venezuelanos.
O presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, esteve cerca de uma hora detido pelos serviços secretos de informações, quando estava a caminho de uma reunião fora de Caracas, disse a sua mulher.
"Agradeço todas as reações imediatas de apoio face a esta violação cometida pela ditadura dos direitos do meu marido. Já estou com ele e vamos à reunião pública", escreveu Fabiana Rosales na sua conta no Twitter.
Guaidó era aguardado numa reunião a cerca de 40 quilómetros de Caracas.
Entretanto, o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Jorge Rodríguez, anunciou a destituição dos agentes dos serviços secretos que detiveram o presidente do parlamento.
"Queremos informar todo o povo da Venezuela que estes funcionários estão neste momento sendo destituídos e submetidos a um procedimento disciplinar mais estrito", disse o ministro venezuelano de Comunicação e Informação, que considerou a prisão do político um "procedimento irregular".
Em declarações aos jornalistas, Jorge Rodríguez explicou que estes "funcionários atuaram de maneira irregular", considero que se sujeitaram a "um show", utilizado pela oposição para atacar o governo de Nicolás Maduro.
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