“Estão a tentar acabar com a revolução e nós, os revolucionários, temos que sair, para demonstrar que continuamos a apoiar o legado que nos deixou o Presidente Hugo Chávez e não há melhor data que hoje, o dia em que se comemora o 186.º aniversário da morte do Libertador Simón Bolívar”, explicou o luso-descendente Juan Freites à agência Lusa.
Com 24 anos de idade, vestido com t-shirt vermelha e com boné vermelho na cabeça com as iniciais do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), este luso-descendente explicou que desde que o “chavismo” chegou ao poder, a direita nacional e internacional tem atacado o projeto socialista venezuelano.
“Veja só as condições em que o camarada Nicolás Maduro tem governado. Desde que chegou ao poder tem sido atacado tanto pela direita como por alguns falsos revolucionários, que não entendem o país primeiro que os interesses pessoais. Disseram que eram um ‘motorista’, que não estava capacitado para ser Presidente, mas, apesar de tantos ataques, continua firme”, disse, enquanto aguardava instruções para iniciar a marcha, em La Campiña, Caracas.
Por outro lado, Juan Freites mostrou-se esperançado em tempos melhores para a Venezuela e confiante mas medidas do chefe de Estado, que, disse, “permitirão, muito em breve, melhorar a economia, que tem sido constantemente atacada por ‘golpistas’ nacionais e internacionais, que pretendem criar condições para acabar com a revolução”.
A poucos metros, também nas proximidades da empresa estatal Petróleos da Venezuela, SA, em La Campiña, encontrava-se Reyna Sepulveda, una venezuelana de 50 anos que, energicamente gritava: “Com fome e sem emprego, com (por) Maduro ‘me resteo’ (aposto tudo)”.
“Maduro é o nosso Presidente obreiro, nunca antes na Venezuela a classe operária tinha tido um Presidente destes. Graças a Hugo Chávez, hoje o povo tem um representante no poder. Estou aqui porque queremos paz, para denunciar que a direita quer acabar com a revolução e mostrar que o povo está disposto a sair às ruas e lutar para manter a revolução”, explicou.
Esta venezuelana frisou, ainda, que “graças ao socialismo” há hoje vários programas de assistência governamental que permitiram que “milhões” de venezuelanos tivessem casa, aprendessem a ler, recebam uma pensão de velhice e atenção médica gratuita nos bairros.
“É verdade, as coisas estão muito caras, a vida está dura, mas tudo isso é resultado das tentativas de golpe da direita, da oligarquia que está ansiosa por voltar ao poder e que não entende que isso jamais se voltará a passar. Você pode não acreditar, mas verá que as coisas vão melhorar, que o mais difícil já está superado”, frisou.
Na marcha eram visíveis cartazes com mensagens como “Venezuela indestrutível”, “Todos somos Chávez”, “Somos os de Chávez”, “Fora a sabotagem no Mercosul”, “Comando anti-golpe”, “Sou chavista para sempre” e “Chávez vive, a luta continua”.
A marcha partido de várias regiões de Caracas em direção à Avenida Bolívar (centro), onde está previsto que o chefe de Estado se dirija aos manifestantes.
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