"Talvez o PSD deva perceber que é hora de terminar de copiar as nossas ideias e de ter um programa para Portugal", afirmou André Ventura, no encerramento de um encontro nacional autárquico do Chega, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém.
André Ventura referiu que o Chega lançou no ano passado um projeto de revisão constitucional "que envolvia reduzir deputados, uma reforma da justiça, verdadeira reforma da justiça, e uma redução dos cargos e do clientelismo do Estado", que teve "a firme oposição de todos os outros partidos".
"Vergonha", exclamou.
"Qual foi o espanto que ontem [sexta-feira] vejo Rui Rio na televisão a dizer que o PSD ia apresentar uma reforma e uma revisão constitucional que assentaria na redução de deputados e na reforma da justiça", acrescentou.
O presidente do Chega, que foi militante do PSD, procurou caricaturar Rui Rio, descrevendo-o como "uma espécie de cópia do André Ventura" que apareceu na televisão "com pior ar, na verdade, e com aquela pouca energia assim própria, com aquele ar de contabilista já enraivecido com o mundo e com todos".
Apesar de acusar Rui Rio de copiar o Chega, Ventura considerou insuficiente a proposta do PSD de redução dos atuais 230 deputados para um intervalo entre 181 e 215, ironizando: "O país parou por causa disso. Não fosse a detenção e o interrogatório de Luís Filipe Vieira [presidente do Sport Lisboa e Benfica] e a grande notícia do dia seria: PSD quer revisão constitucional com menos 15 deputados".
O ex-comentador televisivo de futebol criticou também a ideia do PSD de "aumentar a legislatura para cinco anos, em vez de ser os quatro atuais", observando: "Ficaríamos a penar ainda mais com os socialistas durante não sei quanto tempo".
Em seguida, subindo o tom de voz, o presidente do Chega declarou: "Este PSD não terá outra hipótese se não desaparecer e dar-nos a nós o lugar de líder da oposição em Portugal".
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