“Estou em crer que será possível chegar a alguma forma de entendimento, e se for sem Miguel Albuquerque e sem estes protagonistas até será possível chegar a um entendimento mais alargado, a quatro anos. Com estes protagonistas não”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas na sede nacional do partido, em Lisboa, na sequência do apuramento dos resultados das eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, que o PSD venceu, falhando por cinco deputados a maioria absoluta.

“Miguel Albuquerque não tem condições para se manter à frente do governo regional”, defendeu, referindo que se “o PSD decidir alterar a sua indicação para presidente do governo regional pode haver todo um processo negocial que se inicia”.

O presidente do Chega disse ter dado uma “indicação clara” à estrutura do Chega/Madeira de que “não há acordos com Miguel Albuquerque”.

“O PSD tem de mudar o ciclo e perceber que o resultado destas eleições foi para mudar o ciclo. O Chega estará pela estabilidade, mas não aceita ceder nos seus princípios”, sustentou.

O líder do Chega não excluiu uma aproximação a outro nível que não um acordo de governo, incluindo um acordo de incidência parlamentar. André Ventura considerou “muito improvável”, mas disse querer evitar que a região seja “empurrada para eleições a cada três meses”.

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por cinco deputados a maioria absoluta, quando estão apuradas todas as freguesias, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.

Em segundo lugar, o PS conseguiu 11 eleitos, seguindo-se o JPP, com nove, o Chega, com quatro, o CDS-PP, com dois, e a IL e o PAN, com um deputado cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.

A maioria absoluta requer 24 assentos.