"Espero com toda a vontade a chegada do momento em que na Assembleia da República, que é o sítio certo, poderei prestar todos os esclarecimentos que os deputados me queiram colocar", afirmou Vieira da Silva.
Vieira da Silva falava aos jornalistas à saída da conferência "Pilar Europeu dos Direitos Sociais", organizada pela Associação dos Profissionais de Serviço Social (APSS) e que decorreu no Centro Cultural Casapiano, em Lisboa.
"Estou completamente tranquilo com a minha atuação ao longo dos anos, quer fora, quer dentro do Governo e responderei a todas as questões", insistiu o ministro, observando que foi ele próprio que pediu ao grupo parlamentar do PS para que fosse ouvido no Parlamento.
Relativamente à polémica que atinge a Raríssimas e que levou à demissão da sua presidente Paula Brito e Costa por alegada gestão danosa, Vieira da Silva sublinhou que uma das principais preocupações neste momento é "concretizar tão rápido quanto possível a inspeção que está a ser feita à instituição (de solidariedade social) e à sua gestão".
O ministro notou que a "equipa inspetiva está já a trabalhar no terreno desde quarta-feira, disse esperar que muito rapidamente lhe seja apresentado o calendário final dos resultados" da inspeção em curso e adiantou que ainda não teve qualquer contacto com a equipa de inspetores.
Na segunda-feira, o ministro anunciou a realização de uma ação de inspeção à Raríssimas, depois de uma reportagem da TVI sobre a gestão de Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado dinheiro da Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras para diversos gastos pessoais.
Vieira da Silva assegurou que, desde o primeiro momento, que o Governo está "completamente empenhado em avaliar todas as dimensões deste caso, sem nenhuma limitação, para que os portugueses possam conhecer toda a verdade sobre o que se passou" naquela instituição que presta cuidados particulares a crianças e jovens, num quadro de exigência e qualidade.
O ministro revelou ainda que técnicos do Instituto de Segurança Social estão na Raríssimas para que as crianças e jovens apoiadas pela instituição possam continuar a receber cuidados “com a maior tranquilidade possível”.
“Uma equipa técnica do Instituto de Segurança Social está desde hoje nos equipamentos da Raríssimas para assegurar aquilo que é mais importante que é os jovens e crianças apoiadas poderem continuar a ter uma resposta eficaz e de qualidade com a maior tranquilidade possível”, afirmou Vieira da Silva.
O ministro escusou-se a responder à questão relacionada com a tentativa de transformar a Raríssimas numa Fundação, remetendo todas as informações para a audição parlamentar.
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