A vigília foi marcada pela Comissão para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) para vincar junto do Governo “a exigência do urgente início das obras de modernização e eletrificação do troço entre Meleças e Torres Vedras”, disse à agência Lusa o porta-voz do movimento, José Rui Raposo.
A Comissão exige ainda o lançamento do concurso para a adjudicação do troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha, sobre o qual o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, anunciou “exatamente há um ano, com pompa e circunstância, que o concurso seria lançado em outubro passado”, disse Rui Raposo, lembrando que, apesar de se estar “em julho, até agora o concurso não foi aberto".
A empreitada para a modernização entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras foi adjudicada em março deste ano, por 61,5 milhões de euros, englobando a eletrificação e modernização de 43 quilómetros da via, numa obra com um prazo de execução de 24 meses e que se previa estar concluída no terceiro trimestre de 2022. Porém as obras ainda não se iniciaram.
Atrasos “preocupantes” para a comissão, que considera a modernização e eletrificação da Linha do Oeste “fundamental para garantir o seu futuro”.
Por “cada dia que passa em que as pessoas consideram que estão a ser transportadas de uma forma lenta, que não é eficaz e que não serve a sua necessidade, afastam-se cada vez mais da linha e procuram outros meios alternativos”, sustentou.
Daí que outra das reivindicações da vigília tenha sido a aplicação, em 2020, do preço máximo de 70 euros, no passe, acordado no âmbito do PART (Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes), entre a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) e a Área Metropolitana de Lisboa (AML).
“Inexplicavelmente, a CP ainda não pois em vigor esse tarifário”, afirmou Rui Raposo, considerando que essa seria “uma forma de chamar mais pessoas a viajarem de comboio”, tendo em conta que apesar de na rodovia a redução do passe estar em vigor desde janeiro o preço é de 80 euros, mais 10 euros do que passará a custar o passe na CP.
De acordo com o porta-voz, a comissão tem tentado, sem sucesso, obter respostas sobre estes atrasos, quer na modernização da linha quer na aplicação do PART, o que leva o movimento a admitir que “se estas questões não se resolverem serão encetadas outras formas de luta”.
A vigília decorreu entre as 18:00 e as 20:00, de forma pacífica.
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