“Os Huthis, apoiados pelo Irão, lançaram um ataque complexo de conceção iraniana, no sul do Mar Vermelho, utilizando drones, mísseis de cruzeiro antinavio e um míssil balístico antinavio”, declarou o Comando dos EUA para o Médio Oriente (Centcom).

Os drones e os mísseis foram abatidos por caças do porta-aviões norte-americano Dwight D. Eisenhower, três contratorpedeiros norte-americanos e um navio de guerra britânico, o HMS Diamond, afirmou o Centcom em comunicado, garantindo que não houve “danos ou feridos” em resultado dos ataques.

As forças internacionais destacadas no Mar Vermelho responderam a um incidente de segurança ao largo da costa do norte do Iémen, uma região sob o controlo dos rebeldes Huthis, tinha informado anteriormente a agência britânica de segurança marítima UKMTO.

“A UKTMO recebeu informações sobre um incidente a cerca de 50 milhas náuticas [93 quilómetros] a oeste de Hodeida [porto iemenita] envolvendo drones. As forças da coligação intervieram”, declarou a agência britânica na rede social X, aconselhando os navios a viajarem “com precaução” no Mar Vermelho.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro, os Huthis, que controlam uma grande parte do Iémen, intensificaram os ataques no Mar Vermelho para impedir o tráfego marítimo internacional, alegando solidariedade com os palestinianos em Gaza.

Israel prometeu aniquilar o Hamas após o ataque deste grupo islamita palestiniano em solo israelita, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez 240 reféns. A resposta de Telavive já causou mais de 23 mil pessoas na Faixa de Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

O principal aliado de Israel, os Estados Unidos, criou em dezembro uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos Huthis nesta zona estratégica, por onde passa 12% do comércio mundial.

O ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, anunciou na terça-feira que outra fragata, a HMS Richmond, estava a caminho do Mar Vermelho para combater os ataques.

De acordo com a Centcom, o ataque de terça-feira à noite foi o 26.º que visou a navegação comercial no Mar Vermelho desde meados de janeiro.

O ataque acontece no momento em que o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, se encontra em Israel, no âmbito de uma digressão regional que visa, entre outros objetivos, evitar que a guerra entre Israel e o Hamas ganhe uma dimensão regional ainda maior.