A força aérea israelita efetuou “ataques aéreos muito violentos”, ao início do dia, perto de Khan Yunis e na estrada entre esta cidade e Rafah, perto da fronteira com o Egito, de acordo com o movimento islamita palestiniano Hamas.

Algumas horas mais tarde, uma fonte próxima dos ramos militares do Hamas e do movimento Jihad Islâmica disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que os dois grupos estavam envolvidos em “violentos confrontos” em torno de Khan Yunis.

De acordo com fontes médicas palestinianas, citadas pela agência de notícias palestiniana WAFA, pelo menos 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas esta madrugada quando as forças israelitas bombardearam uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

O exército israelita afirmou “ter intensificado” as operações nestas zonas do sul da Faixa de Gaza.

“Temos de aumentar a pressão”, afirmou o chefe do Estado-Maior do exército, Herzi Halevi, referindo que um número crescente de baixas entre combatentes do Hamas.

Logo no início da ofensiva terrestre, o exército israelita tinha pedido à população do norte da Faixa de Gaza que se deslocasse para o sul.

Mas com a intensificação dos combates no sul, e após o veto dos Estados Unidos, no Conselho de Segurança da ONU, a uma resolução que propunha um cessar-fogo, os receios aumentam para a população civil da Faixa de Gaza, nomeadamente no sul.

Os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza já causaram 17.700 mortos e 48.780 feridos, anunciou, no sábado, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque em solo israelita, em 7 de outubro, por comandos do Hamas infiltrados a partir de Gaza, e durante o qual foram mortas 1.200 pessoas, de acordo com as autoridades israelitas.

O Hamas também fez cerca de 240 reféns, 138 das quais permanecem em cativeiro.

Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.