Numa conferência de imprensa virtual a partir de Genebra sobre a pandemia de covid-19, o responsável salientou que ainda se está a aprender sobre o vírus, mas é já claro que a recuperação pode demorar meses, embora não se possa precisar para já o número exato de pessoas que sofrem efeitos a longo prazo, que podem ser de qualquer género ou idade.
“É imperativo que os governos reconheçam os efeitos a longo prazo da covid-19 e também assegurem o acesso aos serviços de saúde a todos estes pacientes”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus na conferência de imprensa.
Esta realidade, disse, reforça a ideia defendida pela OMS de que é “moralmente inconsciente” e impraticável a estratégia de imunidade de grupo, que não só levaria “a milhões de mortes desnecessárias” como também a um “número significativo” de pessoas que iriam enfrentar “um longo caminho até à recuperação total”.
“A imunidade de grupo só é possível com vacinas seguras e eficazes que sejam distribuídas equitativamente por todo o mundo”, afirmou, acrescentando que até lá os governos e as pessoas devem fazer tudo para cortar as cadeias de transmissão, a melhor forma de prevenir consequências a longo prazo do vírus.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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