O anúncio do presidente do grupo na China, Jochem Heizmann, surge no dia em que arranca a Feira Internacional de Automóvel de Cantão, no sul do país.
A empresa alemã diz esperar “acelerar a transição, através de investimentos contínuos e elevados”, em áreas como serviços de mobilidade, veículos elétricos e redes de carregamento rápido.
A empresa prevê fabricar na China metade dos mais de trinta modelos de veículos movidos a novas fontes de energia, que planeia lançar no mercado chinês, nos próximos dois anos.
Em 2020, a Volkswagen prevê entregar cerca de 400.000 unidades deste tipo de veículos, número que quer aumentar para 1,5 milhões em 2025.
A China é o maior mercado automóvel do mundo e um dos mais importantes para a fabricante alemã. Em 2017, o mercado chinês representou 38,9% das vendas da Volkswagen a nível global.
A decisão da Volkswagen surge numa altura de disputas comerciais entre China e Estados Unidos, em torno das ambições chinesas para o setor tecnológico.
Em causa está a política de Pequim para o setor tecnológico, nomeadamente o plano “Made in China 2025″, que visa transformar as empresas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.
Os EUA consideram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.
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