"Queremos que se faça luz sobre o período sombrio da ditadura militar e o comportamento dos responsáveis da época no Brasil e possivelmente também na Alemanha", declarou em comunicado a diretora do departamento jurídico do grupo, Christine Hohmann-Dennhardt.
A direção escolheu o historiador independente Christopher Kopper, professor na Universidade alemã de Bielefeld, para essa tarefa.
"Vamos determinar o papel da empresa durante a ditadura militar no Brasil com a perseverança e coerência necessárias, da mesma forma que o fizemos de forma precoce e exaustiva em assuntos como o passado nazi e recurso ao trabalho forçado", afirmou Hohmann-Dennhardt.
Antigos trabalhadores e ativistas apresentaram em setembro de 2015 uma queixa no Brasil na qual acusam a Volkswagen de ter permitido perseguições e a tortura de trabalhadores que se opunham ao regime militar (1964-85).
Segundo a acusação, 12 trabalhadores foram detidos e torturados na altura na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, nos arredores de São Paulo. A empresa é ainda acusada de ter elaborado "listas negras" de opositores à ditadura.
No comunicado, o grupo alemão indicou que está a procurar um novo diretor para a divisão de comunicação histórica, depois da saída do responsável por este departamento.
Manfred Grieger deixou a empresa no final de outubro, depois de ter criticado publicamente um estudo interno sobre o passado nazi da Audi, uma das marcas do grupo, considerando que essa análise estava incompleta e minimizava os factos.
De acordo com a agência alemã DPA, a saída estaria relacionada com uma reprimenda da administração sobre essa tomada de posição sem autorização.
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