“A utilização ilegal da força não pode ser tolerada, nem na Ucrânia, nem no Indo-Pacífico. A segurança na Europa e a segurança no Indo-Pacífico são indivisíveis”, sustentou a presidente do executivo comunitário, dirigindo-se ao Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Júnior (“Bongbong” Marcos, como é conhecido), durante uma visita a Manila, capital do país.
Na conferência de imprensa com o líder filipino, Von der Leyen acrescentou que os 27 da União Europeia (UE) estão preocupados com “o aumento das tensões” nesta região e que apoiam todos os esforços para um Indo-Pacífico “aberto e livre” de “ameaças e coerções”.
A UE começou a prestar mais atenção a esta região nos últimos meses. Von der Leyen e outros chefes de Estado e de Governo dos 27 têm olhado para a China como um adversário mas também como um possível parceiro, pela influência cada vez maior que Pequim tem nesta região e à escala global.
A China faz parte da estratégia externa da UE para os próximos anos.
Em simultâneo, estão a aumentar as tensões com Taiwan, que levantam preocupações sobre um possível conflito futuro entre Pequim e Taipé.
A China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, quando o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Ursula von der Leyen iniciou hoje uma visita oficial de dois dias às Filipinas, a primeira de um líder do executivo comunitário ao país. Numa declaração a propósito da deslocação, Von der Leyen afirmou esperar “dar um novo impulso às relações bilaterais entre a UE e as Filipinas” e abordar questões como o comércio, a transição energética e digital e a segurança.
Em Manila, Ferdinand Marcos Júnior e Ursula von der Leyen anunciaram hoje o regresso das negociações para um acordo de comércio livre, após oito anos sem progressos.
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