Ursula von der Leyen salientou que ainda estão a ser discutidos temas “técnicos” para tentar mudar a postura da Hungria – a decisão requer unanimidade -, segundo explicou, acrescentando que “não é um tema apropriado para ser resolvido no Conselho Europeu” extraordinário a decorrer na próxima segunda e terça-feira.
Em declarações ao meio de comunicação europeu Politico, durante o Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, disse tratarem-se de “países sem litoral que precisam de um fornecimento alternativo através de oleodutos, pelo que há que falar de investimento nem oleodutos para aumentar o fornecimento”, de “refinarias que têm de ser modernizadas e de investimento e energias renováveis”.
Contudo, apontou que “há um elemento político que poderia discutir-se, ou seja, quanto os outros 26 (Estados-membros da União Europeia) estão dispostos a conceder como investimento à Hungria, mas as principais dificuldades são técnicas” e estão a ser “discutidas agora”, acrescentou.
Para adaptar os oleodutos e refinarias húngaras e de outros países para deixarem de depender de petróleo russo, a Comissão Europeia ofereceu-se a investir 2.000 milhões de euros em infraestruturas nesses países, dos quais “algumas centenas de milhões” iriam para Budapeste, segundo fontes europeias.
As declarações de von der Leyen coincidem com o envio de uma carta do primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, ao presidente do Conselho Europeu, Charles Mihcel, na qual excluiu a possibilidade de discutir o embargo proposto ao petróleo russo na cimeira europeia da próxima semana, uma vez que o húngaro acredita ser necessário conhecer mais detalhes acerca dos apoios ao seu país.
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