“A 23 de agosto, honramos a memória das vítimas de regimes totalitários e autoritários, na Europa e fora dela. Hoje, no 83º aniversário da assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop — entre as então Alemanha nazi e União Soviética -, esta data reveste-se de um significado especial”, começa por referir Von der Leyen na mensagem divulgada pelo executivo comunitário.
A presidente da Comissão aponta então que, este ano, o Presidente russo Vladimir “Putin trouxe os horrores da guerra de volta à Europa, juntamente com a recordação de que a paz não pode ser tomada como certa”, comentando que “a dolorosa memória do passado não é apenas uma recordação distante, tendo encontrado um eco na guerra ilegal e injustificada da Rússia contra a Ucrânia”.
“Inspiramo-nos na coragem daqueles que então enfrentaram a injustiça e expressamos o nosso respeito e apoio aos muitos homens e mulheres que hoje são obrigados a fazê-lo novamente. O povo ucraniano está a dar as suas vidas para proteger os valores sobre os quais a nossa União está construída. Hoje, mais do que nunca, estamos unidos contra a propaganda controlada pelo Estado russo que distorce a história, espalha conspiração e castiga aqueles que se lhe opõem”, prossegue Von der Leyen.
“Continuaremos com determinação o nosso trabalho para combater a desinformação. E garantiremos que aqueles que se opuseram ao totalitarismo não serão esquecidos”, conclui a presidente do executivo comunitário.
Lançada há praticamente meio ano — data que se assinala na quarta-feira -, a ofensiva militar russa na Ucrânia causou já a fuga de quase 17 milhões de pessoas de suas casas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de dez milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que está a responder com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
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