No discurso num jantar comício organizado pelos núcleos territoriais do distrito do Porto da IL, Rui Rocha assinalou que “para o país mudar, realmente, tem de ser influenciado na sua governação por quem o quer mudar”, lançando o mote para as criticas aos social-democratas a quem acusou de “afirmarem querer mudar o país, mas quando chega o momento-chave nunca diz presente”.

Recorrendo a três exemplos, Rui Rocha começou pelo circulo de compensação e pelos “730 mil votos desperdiçados no sistema eleitoral português na última eleição”.

“O PS e o PSD há 30 anos que reconhecem que há um problema, que dizem que querem mudar, que querem alterar esta situação, que estão disponíveis para mudar e, em 30 anos, não o fizeram. Depois nós avançámos com a proposta na Assembleia da República e os comentários foram: não é o momento, são temas para debater com profundidade”, recordou o dirigente.

E continuou: “é preciso esperar quanto mais tempo, quantos mais votos é preciso desperdiçar, é preciso chegarmos ao milhão de votos desperdiçados para mudarmos isto? Para a IL não, temos de mudar e mudar já. Isto foi o que se passou com o PSD que votou contra a nossa proposta depois de 30 anos a dizer que era um problema e que era preciso mudar”.

No segundo exemplo, sobre o acesso à saúde, Rui Rocha criticou o PSD por ter chumbado a proposta da IL e no terceiro por os social-democratas terem mostrado a “mesma ambição que o PS em baixar impostos, ficando muito abaixo da proposta” do seu partido.

A terminar, o político afirmou que os portugueses podem contar com a IL para a “simplificação de processos” e na “luta contra os abusos do Estado”, numa intervenção em que lançou críticas também ao “PS de António Costa e de Pedro Nuno Santos” a partir de pequenas histórias de pessoas que disse ter encontrado e cujas dificuldades testemunhadas atribuiu ao Governo.

“Os portugueses estão cansados da estagnação que os impede de crescer (…) temos a responsabilidade de mudar (…) a vida concreta dos portugueses”, concluiu o líder liberal.