“Não tem como não sentir, realmente foi uma novidade desagradável para nós essa questão do metro não estar funcionando, o que sem dúvida alguma prejudica”, afirmou Lucas Baldisserotto, que viajou de Porto Alegre, no Brasil, para participar, pela primeira vez, na cimeira de tecnologia Web Summit.

Em declarações à agência Lusa, à entrada para o evento, Lucas Baldisserotto contou que a alternativa para se deslocar foi vir a pé, tendo saído mais cedo, porque já sabia desde segunda-feira que o Metro de Lisboa poderia estar em greve durante a manhã, o que realmente acabou por acontecer.

Mesmo com a greve parcial do Metro, dia em há também greve de 24 horas da Rodoviária de Lisboa, milhares de visitantes conseguiram chegar ao Parque das Nações e entrar no recinto da Web Summit, por volta das 09:30, cumprindo com as regras exigidas devido à covid-19, inclusive a apresentação de certificado de vacinação ou teste negativo à covid-19.

“Já sabia que havia greve do Metro, tentei ir por um caminho em que pudesse apanhar o comboio, pareceu-me tudo ok. Eu sei que os ‘Ubers’ está complicado e outros meios alternativos de transporte, mas tanto a organização como os media avisaram e acho que deu tempo para tentar arranjar alternativas”, disse a visitante Mafalda Duarte, que é produtora de videojogos, considerando que esta edição da Web Summit “está a ser um bocadinho um regresso à normalidade”, ainda que em tempos de pandemia.

Com uma ‘start up’ de veterinários, Vanessa Ralha tem participado neste evento de tecnologia desde a primeira edição e considerou que o regresso ao formato presencial é possível “com cautela”.

“Acho que estávamos a precisar, a edição do ano passado foi totalmente ‘online’ e, realmente, não se tirou aquilo que de melhor a Web Summit tem, que é o ‘networking’ e o estar com outras pessoas e revermos algumas pessoas que já conhecemos e conhecermos também algumas novas empresas e algumas novas pessoas, portanto vimos com cautela, mas cientes de que era necessário voltarmos a desconfinar e a estarmos juntos”, realçou a visitante.

Sobre a greve no Metro, Vanessa Ralha referiu que houve elementos da sua equipa que sentiram esse constrangimento, mas no seu caso optou por deslocar-se de comboio, porque havia essa disponibilidade a partir da periferia de Lisboa.

“Quem tinha de vir de Metro acabou por trazer o carro e ficou preso no trânsito, portanto não foi fácil, estamos agora à espera das pessoas que estão atrasadas”, acrescentou.

Vinda de França para a Web Summit, Jade Nacoul manifestou-se segura com as medidas no âmbito da pandemia de covid-19 no recinto do evento, onde foi “muito complicado” chegar na manhã de hoje devido à greve do Metro.

“O metro acabou por ser cancelado e o autocarro estava superlotado, então tivemos que apanhar um táxi, mas não havia ninguém disponível. Chegámos com duas horas de atraso por causa da greve”, adiantou a visitante.

O visitante brasileiro Lucas Baldisserotto disse ainda que a razão para participar na Web Summit, que considera “uma das maiores, se não a maior, feira de tecnologia do mundo, que congrega todas as novidades e empresas do ramo de tecnologia”, é o interesse por saber “quais são as novidades, o que existe na área tecnológica que pode contribuir com as empresas, com a sociedade, com as pessoas, de um modo geral”.

Na Gare do Oriente, onde é possível apanhar vários autocarros, comboios ou o metro, a greve do metro teve impacto na rotina diária dos utentes, onde se formaram filas para os autocarros da Carris.

Acompanhada da filha, aguardando para entrar no autocarro, depois de ter apanhado o comboio, quando habitualmente faz o percurso apenas de metro, Helena Vieira contou: “tivemos de sair muito mais cedo de casa e ainda assim já devia estar na escola e ainda estamos a caminho”.

“É horrível, não vê as filas que estão, está muito complicado as pessoas chegarem a horas ao emprego”, expôs Marina Condenso, também à espera do autocarro para ir trabalhar.

A circulação no Metropolitano de Lisboa foi retomada com normalidade cerca das 10:00 de hoje, depois de uma greve parcial de trabalhadores entre as 05:00 e as 09:30, disse à Lusa fonte da empresa.

A Web Summit decorre entre 01 e 04 de novembro em Lisboa, em modo presencial, depois de a última edição ter sido ‘online’ e a organização espera cerca de 40 mil participantes, segundo revelou, em setembro, Paddy Cosgrave, presidente executivo da cimeira.

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