Dimitri Medvedev deslocou-se à China a convite do governante do Partido Comunista Chinês (PCC).
O presidente do país asiático sublinhou que a China “sempre manteve uma posição objetiva e justa” em relação à guerra na Ucrânia e “promoveu conversações de paz”, ao mesmo tempo em que afirmou esperar que ambas as partes “resolvam as suas preocupações comuns no campo da segurança através de políticas”.
Ainda sobre o conflito na Ucrânia, o ex-presidente russo destacou que “é muito complexo” e que o seu país está disposto a “resolver os problemas que enfrenta por meio de negociações de paz”.
Na reunião, o presidente chinês manifestou a sua esperança de que os partidos que governam as duas potências — China e Rússia – “realizem um intercâmbio aprofundado sobre experiências de governação” e “aprendam uns com os outros” sobre o que implica a construção de um partido.
Da mesma forma, o líder chinês assegurou que as relações entre Moscovo e Pequim “têm resistido à prova das vicissitudes internacionais e sempre se desenvolveram de forma saudável e estável”.
Por sua vez, Medvedev, que também é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, indicou que o seu partido quer “promover a cooperação de ambos os países em áreas como a economia, comércio, energia ou agricultura”.
No encontro entre os dois, Xi Jinping pediu a Dimitri Medvedev que transmitisse as suas “calorosas saudações e votos de felicidades” ao presidente russo, Vladimir Putin.
A partir de hoje, Pequim e Moscovo realizam exercícios navais conjuntos nas águas do Mar da China Oriental, que durarão até 27 de dezembro.
Os exercícios, chamados de “Interação Naval” e que são realizados anualmente desde 2012, desta vez incluem tiro de artilharia e práticas de lançamento de mísseis, informou o Ministério da Defesa da Rússia.
Desde o início do conflito na Ucrânia, a China manteve uma posição ambígua durante a qual apelou ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia.
Pequim declarou repetidamente a sua oposição às sanções contra Moscovo por “não terem base no direito internacional” e por “não resolverem os problemas”.
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