Zapata, de 40 anos, descolou por volta das 07h05, perto da praia de Sangatte, no noroeste de França, diante de uma dúzia de curiosos.
Planeava cruzar o estreito de 35 quilómetros e aterrar na costa inglesa, na área da baía de St Margaret's, mas caiu na água a pouco mais da metade do percurso, quando devia pousar num navio para reabastecer o combustível.
De acordo com uma conversa por telefone via satélite ouvida por um jornalista da AFP, Zapata foi resgatado "consciente".
"Está tudo bem e ele está a ser levado de volta para a costa. Foi resgatado por mergulhadores que estavam no navio. Falou com a esposa ao telefone para tranquilizá-la", disse à AFP o autarca de Sangatte, Guy Lallemand.
"Zapata teve um problema com o abastecimento entre as águas francesas e inglesas. Então não conseguiu concluir o trajeto. A travessia do Canal da Mancha foi cancelada", disse um porta-voz da equipa de Zapata, recusando-se a dar pormenores sobre a queda.
Logo após o fracasso, a atmosfera era de pesar na praia de Sangatte. A equipa técnica começou a empacotar o material e o público que o esperava foi embora rapidamente.
Zapata lançou o seu "Flyboard Air" em 2016, a última incorporação da sua marca homónima, que inclui uma prancha flutuante propulsada por água e uma moto aquática que custa 4.500 euros.
O dispositivo é propulsado por cinco pequenos motores a reação e controlado por um acelerador de mão, que Zapata ativa para descolar depois de se amarrar a um par de botas que fazem parte da prancha.
O governo francês elogiou esta invenção criada em França e citou o seu potencial militar.
O presidente Emmanuel Macron publicou no Twitter um vídeo da acrobacia de Zapata no desfile de 14 de julho, com a legenda "Orgulhoso do nosso exército, moderno e inovador".
A ministra das Forças Armadas, Florence Parly, disse à rádio France Inter que o "Flyboard" "pode ser testado para diferentes tipos de usos, por exemplo como plataforma logística voadora ou, inclusive, como plataforma de ataque".
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