O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, emitiu esta quarta-feira uma forte declaração ao mundo e aos líderes internacionais que o apoiam, para que atuem perante as alegadas decapitações de soldados ucranianos, cujos vídeos têm circulado nas últimas horas nas redes sociais.

"Esses monstros matam facilmente. O mundo tem de ver o vídeo da execução do prisioneiro de guerra ucraniano. É um vídeo da Rússia tal como ela é. Que tipo de pessoas existem. Não há pessoas para eles. Um filho, um irmão, um marido, o filho de alguém. Este é um vídeo da Rússia a fazer disto a nova norma. (...) Não espero que seja esquecido. Este tempo vai passar. Não vamos esquecer nada. Nem vamos perdoar os assassinos. Haverá responsabilidade legal por tudo. A derrota do terror é necessária. Ninguém vai entender se os líderes não reagirem. A ação é necessária agora. (...) Ajudem o máximo possível. Expulsem o ocupante de nossa terra", disse Zelensky.

Quanto aos vídeos, um dos mesmos parece mostrar os cadáveres decapitados de dois soldados ucranianos caídos no chão ao lado de um veículo militar destruído e um outro revela um aparente membro das forças russas a usar uma faca para cortar a cabeça de um soldado ucraniano.

Para já, contudo, ainda não revelados mais pormenores oficiais destes atos, concretamente os locais dos mesmos e as identidades das vítimas, embora o Instituto de Estudo da Guerra (ISW) tenha acusado o Grupo Wagner dos mesmos.

"De acordo com relatos, as forças do grupo Wagner continuam a cometer crimes de guerra, ao decapitar militares ucranianos em Bakhmut. Utilizadores das redes sociais russas publicaram vídeos mostrando supostamente uma cabeça pertencente a um militar ucraniano num espigão, numa área de Bakhmut por especificar. Os utilizadores das redes sociais recordaram acontecimentos semelhantes de crânios montados em espigões em Popasna, no oblast de Lugansk, onde as tropas Wagner operaram na Primavera-Verão de 2022", lê-se.