O número de mortos no ataque russo a uma estação ferroviária ucraniana aumentou para 22, disse o presidente Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (24), quando o país marca os seis meses de guerra.

A notícia previamente avançada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante uma intervenção por videochamada no Conselho de Segurança da ONU, dava conta de 15 mortos e 50 feridos. A intervenção de Zelensky na ONU deu-se no dia em que se celebra o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalam simultaneamente seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia.

"Neste momento, são 22 mortos, incluindo cinco pessoas que foram incineradas num carro atingido pelos bombardeamentos. Um menino de 11 anos morreu por um foguete russo que destruiu a sua casa", disse o presidente ucraniano no seu discurso diário, atualizando o balanço anterior.

De acordo com Zelensky, um comboio foi atingido pelo bombardeamento russo. "Acabo de receber a informação sobre o disparo de um míssil russo contra uma estação ferroviária na região de Dnipro (...).

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Na guerra, que hoje entrou no seu 182.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

(Atualizado às 23h00)

*Com AFP