Zelensky irá dirigir-se aos líderes mundiais no Diálogo de Shangri-La, um fórum anual de defesa a decorrer na cidade-Estado do Sudeste Asiático, disse o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) à agência francesa AFP.
O nome do líder ucraniano não constava do programa de participantes inicialmente fornecido pela organização.
Zelensky vai discursar na sétima sessão plenária do fórum, intitulada “Re-imaginar soluções para a paz global e a estabilidade regional”, no domingo de manhã.
“A presença de Zelensky no Diálogo de Shangri-La ocorre num momento importante”, disse o diretor-geral do IISS, Bastian Giegerich, num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
“Aguardamos com expectativa as suas observações”, acrescentou o responsável pela organização do principal fórum de defesa da Ásia.
Entre os participantes no fórum deste ano encontram-se o secretário da Defesa dos Estados, Lloyd Austin, que discursou no sábado, e o ministro da Defesa chinês, Dong Jun, que também participará no domingo.
O Presidente da Ucrânia participou na edição de 2022 do Diálogo de Shangri-La, mas por videoconferência.
Nos últimos dias, Zelensky visitou vários países europeus, incluindo Portugal e Espanha, para pedir mais ajuda militar para o exército ucraniano, que está a perder terreno face aos implacáveis ataques russos.
Na sexta-feira, na Suécia, manteve conversações com os chefes de Estado e de Governo da Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Islândia, no âmbito da terceira cimeira Ucrânia-Norte da Europa.
A intervenção de Zelensky no fórum de Singapura ocorrerá numa altura em que a Ucrânia enfrenta uma nova ofensiva russa desde há quase um mês, depois de ter falhado uma contraofensiva que lançou no verão passado.
Coincidirá também com uma alteração da política de vários aliados da Ucrânia, incluindo Estados Unidos e Alemanha, que cederam aos insistentes pedidos de Kiev para usar armas ocidentais contra alvos militares em território russo.
A guerra na Ucrânia foi iniciada pela Rússia, que invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro de 2022 para o “desmilitarizar e desnazificar”, segundo anunciou na altura o Presidente russo, Vladimir Putin.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo agências da ONU, têm admitido que será muito elevado.
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