“Os programas de AMF à Ucrânia também são armas de defesa da liberdade, tal como o nono pacote de sanções da UE contra a Rússia”, disse Zelensky, num vídeo enviado ao Conselho Europeu.

A aprovação da ajuda à Ucrânia está incluída num pacote de medidas que inclui um imposto mínimo sobre as multinacionais, o desbloquear de verbas para a Hungria e a aprovação do plano de recuperação e resiliência deste país.

A nova AMF a Kiev deverá ser atribuída no próximo ano, à razão de 1,5 mil milhões de euros por mês, com um período de carência de dez anos e com os Estados-membros a darem garantias do empréstimo, em alternativa ao orçamento da UE.

O objetivo é prestar ajuda financeira a curto prazo, financiar as necessidades imediatas da Ucrânia, reabilitar as infraestruturas críticas e prestar apoio inicial à reconstrução sustentável do pós-guerra, com vista a apoiar a Ucrânia na via da integração europeia.

A guerra lançada contra a Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, provocou uma perda de acesso ao mercado e uma queda drástica das receitas públicas daquele país, enquanto aumentou acentuadamente a despesa pública para fazer face à situação humanitária e manter a continuidade dos serviços estatais.

A ofensiva militar russa na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.