“Qual seria o lugar da Rússia na FAO se causa fome a pelo menos 400 milhões de pessoas, ou mesmo mais de mil milhões?”, disse Zelensky num discurso transmitido por videoconferência numa reunião ministerial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O bloqueio dos portos ucranianos pela frota russa do Mar Negro, a começar por Odessa, o principal porto do país, paralisa as exportações de cereais, especialmente de trigo. Antes da invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro, a Ucrânia estava à beira de se tornar o terceiro maior exportador do mundo daquele cereal.
Os países africanos e do Médio Oriente são os primeiros a ser afetados e receiam graves crises alimentares.
“O Mar Negro, que é uma das principais rotas do mundo para as exportações de alimentos, está bloqueado pela Marinha russa”, declarou o Presidente Zelensky na conferência, em Paris, que contou com a presença do chefe do Governo italiano, Mario Draghi, e do presidente da União Africana, Macky Sall.
Criada em 1945, a FAO tem como objetivo “alcançar a segurança alimentar para todos” garantindo que “as pessoas têm acesso regular a alimentos de boa qualidade suficientes para levarem vidas ativas e saudáveis”, lê-se no seu ‘site’.
A organização conta a Rússia entre os seus países membros desde 2006.
O índice mensal de preços dos alimentos que esta organização internacional publica, que inclui tarifas para óleos vegetais, cereais ou produtos lácteos, bateu um recorde em março devido à guerra na Ucrânia.
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